Santander: Conar e Procon abriram processos contra campanha

O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) e a Fundação Procon/SP abriram, nesta sexta-feira (25), processos contra a campanha do banco Santander em que divulga seu título de capitalização, o “Din Din Santander”.

Segundo o Conar, a propaganda “Você milionário ou seu dinheiro de volta” promete ganhos exagerados com os títulos de capitalização do Santander.

O conselho possui dois processos contra a campanha: a primeira foi motivada por denúncias de clientes. Já a segunda foi movida pela Caixa Econômica Federal, que acredita que a propaganda “Tente a sorte no Din Din” apresenta irregularidades ao citar a palavra “loteria” e promover uma comparação de diferentes produtos, no caso, títulos de capitalização e loterias.

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Nesta sexta à tarde executivos da Caixa e do Santander se reunirão na sede do Conselho, em São Paulo, para a situação ser resolvida. Geralmente, as campanhas acabam sendo modificadas após um acordo.

A SUNO entrou em contato com o Santander, que não quis comentar as ações.

Procon/SP vê semelhanças com “Caso Bettina”

O Procon/SP pedirá explicações ao Santander. De acordo com o chefe de gabinete do órgão, Guilherme Farid, campanha se assemelha ao “caso Bettina”.

“A campanha não explica como vai fazer com que consumidores se tornem milionários. Acredito ser abusiva a forma que propõe a venda do título de capitalização. Devemos solicitar ao banco que envie a base de dados técnica e científica que comprove essa possibilidade”, disse Farid.

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De acordo com o Código de Defesa do Consumidor (CDC), as campanhas publicitárias não tem permissão para iludir ou serem enganosas por omissão.

“O Código reconhece o consumidor como vulnerável. Por isso, a campanha deveria deixar claro que o produto se trata de um título de capitalização e que não vai alcançar um rendimento de poupança, por exemplo. Precisa ter o máximo de informações possível”, declarou Farid.

Campanha do Nubank

O banco digital Nubank lançou, em março, uma ação contra as “letras miúdas” em campanhas publicitárias de bancos.

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A startup nomeou a ação de “#AsteriscoNão”, e instalou anúncios em relógios de rua próximos a agências de grandes bancos em São Paulo, como:

  • Caixa Econômica Federal;
  • Itaú;
  • Santander.
Rafael Lara

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