Banco recomenda compra das ações da Vivo (VIVT3) e Tim (TIMS3), e reforça venda da Oi (OIBR3)

Em relatório divulgado, nesta quarta-feira (5), o Santander reforçou a recomendação de venda dos papéis da Oi (OIBR3). Para Telefônica Vivo (VIVT3) e TIM (TIMS3), a recomendação é de compra com preços-alvo de, respectivamente, R$ 55 e R$ 17.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2022/04/oibr3-materia-desktop.jpg

Segundo o banco, a expectativa é de que as operadoras de telecomunicações reportem bons resultados no 2T23, por causa de um crescimento sólido de receita e margens de Ebitda ((Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) saudáveis. “As boas tendências de crescimento de receita devem ser impulsionadas principalmente pelo segmento móvel, já que as operadoras continuam implementando aumentos de preços consideráveis para suas bases de clientes de controle e pós-pagos.”

Com isso, a equipe do Santander espera que a Vivo supere a Tim no crescimento de primeira linha, com uma taxa de crescimento de 8% em comparação com 5%. Quanto à lucratividade, ambas devem mostrar melhorias na margem Ebitda. Em comparação ao ano anterior, a TIM está projetada para registrar uma expansão de aproximadamente 220 pontos-base (bps) na margem Ebitda e a Vivo aumento de 20 pontos-base (bps).

Em meio a sua segunda recuperação judicial, a Oi (OIBR3) teve recomendação de venda e preço-alvo de R$ 0,15 pelo banco – ante a cotação atual, de R$ 1,03%. Nos últimos doze meses a ação da Oi acumula queda de 81%.

Cotação OIBR3

Gráfico gerado em: 05/07/2023
1 Mês

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/Ebook-Acoes-Desktop-1.jpg

Santander projeta crescimento sólido em margem ebitda e nas receitas da Telefônica e TIM

De acordo com a equipe do Santander, a Telefônica, dona da Vivo, terá um bom desempenho em termos de receita líquida. A expectativa é de uma receita líquida de R$ 12,7 bilhões, representando um crescimento orgânico de 7,5% em relação ao ano anterior. “Esperamos um forte crescimento no segmento móvel, enquanto a telefonia fixa deve desacelerar ligeiramente.”

A projeção para a Telefônica é de um aumento de 9,5% na receita de serviço móvel (MSR) em comparação ao ano anterior. No segmento de telefonia fixa, projeta-se um crescimento de receita de 2,9% em relação ao ano anterior, um pouco abaixo do último trimestre.

“Do lado da rentabilidade, projetamos um Ebitda de R$ 4,9 bilhões. Para o lucro líquido,
esperamos crescimento de 12% em relação ao ano anterior, para R$ 835 milhões”, afirmam os analistas do banco.

Sobre a Tim, também é esperado um bom desempenho nas receitas, com projeções de que a tele alcance R$ 5,8 bilhões, representando um crescimento anual de 8,8%. No segmento móvel, é estimada uma alta de 9,0% na receita de serviço móvel (MSR) em comparação ao ano anterior.

“Em relação à rentabilidade, projetamos um Ebitda de R$ 2,8 bilhões. Para lucro líquido, projetamos R$ 593 milhões, o que seria um aumento de 89,6% ante o ano anterior”, conclui o banco.

Para Vivo e Tim, um dos principais riscos destacados pelo Santander em sua tese de investimentos são volatilidade do cenário macroeconômico, problemas de execução relacionados à integração do Oi Móvel e irracionalidade de preços no segmento móvel.

Oi reverteu lucro e registrou prejuízo de R$ 1,26 bilhão no 1T23

A Oi (OIBR3) registrou um prejuízo líquido de R$ 1,267 bilhão no primeiro trimestre de 2023 (1T23). Assim, a companhia reverteu o lucro líquido de R$ 1,623 bilhão observado no mesmo período do ano passado.

O Ebitda de rotina da Oi, que representa o lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização, foi de R$ 234 milhões no primeiro trimestre de 2023, o que representa uma queda de 81,3% na comparação com igual etapa do ano passado.

A margem Ebitda de rotina da Oi alcançou 7,7% no 1T23, com recuo de 20,1 pontos percentuais em comparação ao primeiro trimestre de 2022 (1T22).

Além disso, a Oi registrou uma receita líquida de R$ 2,2 bilhões no 1T23, com crescimento de 4,8% quando comparado ao mesmo período do ano anterior.

Em teleconferência após a divulgação dos números, o CEO, Rodrigo Modesto de Abreu, citou por diversas vezes as expectativas sobre a reestruturação da companhia e da redução da sua dívida financeira.

Atualmente, a dívida total da Oi já está na casa dos R$ 30 bilhões.

A perspectiva da gestão é de um corte de 50% no valor de face relativo à dívida financeira, com o curso do plano de desinvestimentos atual e também as questões operacionais da empresa.

O ‘alvo’ é fruto de novas perspectivas após a aprovação do novo plano de recuperação judicial, na última sexta-feira (19).

“Fizemos uma diluição de 80% dos principais acionistas com a capitalização e reestruturação da dívida da empresa. Além disso, temos contratos de take-or-pay que se mostraram essenciais. Com implementação do plano, esperamos uma redução de 50% da dívida financeira com a conversão para o capital próprio“, diz o CEO.

Além disso, no radar da companhia estão pontos como a rolagem da amortização, que inicialmente seria para 2025, mas agora deve ficar para 2027 e 2028.

“Com relação ao passivo oneroso, tínhamos consumo de caixa de R$ 11 bilhões no início do plano e, com as renegociações, esperamos uma queda de 50% nesse valor, incluindo as negociações com satélites, cabos e submarino”.

Cotação da Oi

Hoje, a Oi teve queda de 0.96%, cotada em R$ 1,03. Já a TIM caiu 0.55%, com ações fixadas em R$ 14,37. Por fim, a Telefônica Vivo teve alta de 0.75%, cotada em R$ 43,15

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/1420x240-Controle-de-Investimentos.png

Vinícius Alves

Compartilhe sua opinião

Receba atualizações diárias sobre o mercado diretamente no seu celular

WhatsApp Suno