O presidente Jair Bolsonaro afirmou que há a possibilidade de um reajuste do salário mínimo ao mesmo índice da inflação do ano passado. O pronunciamento foi feito pelo mandatário nesta terça-feira (14).
O governo havia fixado o salário mínimo para este ano no valor de R$ 1.039, o que equivalia a um reajuste de 4,1%. O aumento, porém, ainda ficou abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que registrou alta de 4,48% em 2019.
O Ministério da Economia comunicou que, caso Bolsonaro autorize, o valor do salário mínimo será de R$ 1.045. Para chegar a esse valor, não foi contabilizado apenas o reajuste pelo INPC, mas também o repasse de resíduos (porcentagem que faltou naquele ano para o mínimo repor o INPC) do ano retrasado.
“Vou reunir com o [ministro da Economia] Paulo Guedes agora à tarde, eu acho que tem brecha para a gente atender. A inflação de dezembro foi atípica, né? Por causa do preço da carne”, disse Bolsonaro.
O presidente também disse que o objetivo é recompor ao menos o valor do INPC. “É, a ideia. No mínimo isso aí. Agora, cada R$ 1 no salário mínimo são mais ou menos R$ 300 milhões no Orçamento. A barra é pesada, mas a gente tem que… Apesar de ser pouco o aumento, R$ 4 ou R$ 5, tem que recompor”, concluiu.
Declaração de Guedes sobre o salário mínimo no final de 2019
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou, em meados de dezembro do ano passado, que o salário mínimo ficaria acima dos R$ 1.031 neste ano.
De acordo com Guedes, o salário ficaria acima deste valor por conta da alta inflação ao longo das últimas semanas. Dessa forma, a definição do valor dependeria do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
“Nós não temos que formular uma politica de salário mínimo. Tem gente que gosta de anunciar três, quatro, cinco anos a frente. Nós temos de anunciar para o ano seguinte, e a cláusula constitucional é garantir a inflação. Foi [anunciado] R$ 1.031, mas a gente sabe que, como INPC repicou, vai ser R$ 1.038″, afirmou Guedes.