Quando um investidor escolhe colocar seus recursos na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), procura, quase sempre, aumentar seu patrimônio no longo prazo. Entre os ativos que melhor podem proporcionar tal objetivo estão as Small Caps.
As Small Caps são empresas de menor valor de mercado, mas que podem se tornar surpresas muito positivas paras os investidores. As companhias de menor capitalização, que também possuem menor liquidez, são as que apresentam maiores chances de um dia se tornarem Blue Chips. A maior parte das grandes empresas ao redor do mundo já estiveram em patamares menores.
Essas empresas possuem maior potencial de valorização, pois poucos analistas cobrem seus resultados, acarretando em uma precificação distorcida. Portanto, quanto maior o risco assumido, maior o prêmio oferecido.
Oportunidades em Small Caps
Você sabia que mais da metade das empresas listadas na bolsa brasileira são de pequeno porte? Cerca de 26% delas valem menos de R$ 1 bilhão.
Segundo o analista de Small Caps da Suno Research, Rodrigo Wainberg, essa modalidade de investimento é a que melhor pode recompensar o tempo disposto pelo investidor buy and hold.
“É interessante ter em uma carteira de longo prazo, porque, em geral, são empresas menores que já passaram por uma fase de teste e que guardam um grande potencial de crescimento. Toda Large Cap já foi uma Small Cap”, afirmou Wainberg.
Saiba mais sobre três das principais Small Caps listadas na bolsa.
Petrorio
Antiga HRT, a PetroRio (PRIO3) atua principalmente na exploração e produção de petróleo em campos maduros. Atualmente, a maior parte das reservas estão no Campo de Polvo, próximo à Bacia de Campos, em Cabo Frio, no Rio de Janeiro. Entretanto, recentemente, a empresa reforçou a participação no Campo de Frade, totalizando 70%.
A PetroRio é uma empresa que passou por um profundo processo de turnaround. Desafiando os resultados e perspectivas negativas, conseguiu melhorar grandemente os seus resultados.
A companhia exporta 100% de sua produção, portanto, está exposta a variação do dólar.
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Segundo Wainberg, a companhia vem atraindo ótima mão de obra. Além disso, os colaboradores estão solicitando a alteração dos bônus recebidos por ações da própria empresa, o que nos leva a entender que estão comprometidos com o desenvolvimento da empresa.
Após o fechamento do pregão da última sexta-feira (11), as ações ordinárias da Petrorio finalizaram o dia negociadas a R$ 17. Apenas em 2019, os papéis da empresa já apresentam uma valorização de 63%.
Schulz
A Shulz (SHUL3; SHUL4), fundada em 1963, é a maior fabricante de compressores de ar da América Latina. Criada em Santa Catarina, a empresa começou como uma pequena companhia familiar e hoje possui dois modelos de negócio: a Divisão Automotiva e a Divisão de Compressores.
Atualmente negociada a 8,5 o lucro, a Schulz vem apresentando resultados sólidos nos últimos trimestres. Em comparação com o primeiro semestre de 2018, a empresa conseguiu elevar o seu ativo total, patrimônio líquido e receitas, no período de janeiro a junho deste ano.
Wainberg ressalta que a empresa continua expandindo a sua divisão automotiva e que, até o final do ano que vem, já tem toda a demanda contratada.
“A Schulz tem se aproveitado do mercado de caminhões e máquinas agrícolas, que no Brasil tem tendência de crescimento”, disse o especialista.
Na última sexta (11), após o fechamento do pregão, as ações preferenciais da Schulz finalizaram negociadas a R$ 8,50 na B3. Nos últimos 12 meses, os papéis da empresa já apresentam uma valorização de 66,93%.
Trisul
Há mais de 35 anos no mercado, a Trisul (TRIS3) já é uma empresa consolidada.
Em um setor de alta competitividade, que é o de construção, a companhia possui o diferencial de ter autonomia na escolha de seus fornecedores, tem acesso à tecnologia de ponta, e ainda consegue oferecer preços atrativos.
A empresa é uma incorporadora de imóveis clássica: faz a prospecção e avaliação dos terrenos, em seguida desenvolve o projeto da construção, e por último constrói, de fato, o empreendimento.
“A Trisul, dentre as empresas da bolsa, é a que está mais bem preparada para surfar essa onda de crescimento do mercado de construção de residências pro público de renda alta”, afirmou Wainberg.
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Segundo o analista, a companhia “percebeu o erro da não diversificação geográfica antes do boom imobiliário. Hoje, a Trisul está sem dívida alguma, com muitos lançamentos”.
As ações ordinárias da Trisul terminaram a última sessão, na última sexta-feira (11) negociadas a R$ 9,98. Desde outubro do ano passado, os papéis da empresa já valorizaram expressivos 281,44%.
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