O Banco Safra anunciou nesta terça-feira (17), seu novo presidente, Silvio de Carvalho, que substituirá Alberto Corsetti, de 80 anos, que deixa o cargo.
Carvalho já foi diretor financeiro e atualmente era presidente da J.Safra Holding. Além disso, o executivo continuará no Conselho de Administração junto com Corsetti.
Segundo fontes ligadas ao banco, a troca no comando não significa nenhuma mudança de rumo, já que ambos são executivos com muito tempo de casa e conhecem profundamente a cultura do grupo.
Além disso, a mudança tem pouco efeito prático, pelo fato de que a liderança do banco é de David Safra, filho caçula do banqueiro Joseph Safra. Desde que assumiu sozinho o comando da operação, há pouco mais de um ano, David promoveu algumas mudanças no Safra, como os lançamentos do SafraInvest, plataforma para captar investidores por meio de agentes autônomos, e do banco digital AgZero.
O Safra é um dos maiores bancos privados do País, com patrimônio líquido de mais de R$ 12 bilhões e uma carteira de crédito de R$ 110 bilhões.
Os recursos de terceiros sob gestão totalizam cerca de R$ 250 bilhões (os números são referentes ao final do primeiro trimestre).
Safra revisa projeção do PIB para 2020 e mantém previsão para 2021
O Banco Safra informou nesta segunda-feira (16) que seus especialistas elevaram para 8,9% a projeção de alta do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre deste ano, ante 8,7% na previsão anterior, em comparação com o segundo trimestre.
Em relação ao quarto trimestre de 2020, a previsão do Safra passou para 2,7%, ante 2,3% na projeção anterior. Nesse cenário o PIB deve encerrar o ano com uma queda de 4,1%.
Em seu relatório, o banco apontou que “os indicadores de atividade econômica referentes a setembro confirmaram a rápida recuperação econômica do país no 3º trimestre do ano. Embora a equipe de Macroeconomia do Safra já esperasse um forte crescimento no período, os últimos números surpreenderam positivamente”.
Entretanto, o banco acredita que “os últimos meses de 2020 devem trazer um arrefecimento na alta da indústria e do comércio, especialmente das vendas varejistas, que estão em níveis elevados”. Segundo o documento, isso deve acontecer devido a menor renda no Brasil, frente a redução do valor do coronavoucher e também à substituição do consumo de bens por consumo de serviços.
Com base em cálculos de seus economistas, o banco explica que a redução do valor do coronavoucher deve causar um resumo de R$ 24 bilhões na renda, o que equivale a cerca de 1,3% do PIB trimestral.
“Por outro lado, esse efeito negativo deve ser parcialmente compensado pela expansão dos gastos das famílias com mais renda, cuja poupança circunstancial está elevada”, aponta o banco.
Em relação a 2021, o banco projeta uma maior desaceleração do crescimento durante os primeiros três meses do ano que vem, destacando o fim do auxílio emergencial.
No entanto, o Safra manteve a projeção de crescimento do PIB de 4,5%. “Por outro lado, esse efeito negativo deve ser parcialmente compensado pela expansão dos gastos das famílias com mais renda, cuja poupança circunstancial está elevada”.