Safra de 2023 bate recorde de 302,1 milhões de toneladas, superando 2022 em 39 milhões de toneladas, diz IBGE
A safra de 2023 deve atingir o recorde de 302,1 milhões de toneladas. Ante ao ano anterior, o volume ultrapassa em 14,8%, com 39,0 milhões de toneladas a mais. Divulgados nesta quinta-feira, 11, os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento dispara em relação ao previsto em março, de 2,4 milhões de toneladas, uma alta de 0,8%.
Área colhida na Safra 2023
Segundo o IBGE, os produtores brasileiros devem colher 76,4 milhões de hectares na safra agrícola de 2023, uma elevação de 4,3% em relação à área colhida em 2022.
Em relação à estimativa de março, a área a ser colhida cresceu 0,4%.
Principais produtos da safra
O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos da safra, que, somados, representam 92,3% da estimativa da produção e 87,3% da área a ser colhida.
Em relação a 2022, houve acréscimos de 2,8% na área a ser colhida de milho (alta de 0,2% na primeira safra do grão e de 3,7% na segunda safra), de 1,7% na área do algodão herbáceo, de 6,0% na da soja e de 3,4% na do trigo.
Por fim, a expectativa de área colhida de arroz foi a única que andou em direção oposta, com recuo de 6,7%.
Ministério da Agricultura confirma R$ 200 milhões para complementar Plano Safra 2022/2023
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou que vai destinar R$ 200 milhões para complementar o Plano Safra 2022/2023.
Com isso, será viabilizada uma equalização de aproximadamente R$ 8,4 bilhões para aplicação imediata nos programas de financiamento do Moderfrota, em irrigação, em pré-custeio e custeio, e demais investimentos.
De acordo com o Mapa, a medida foi necessária porque o Plano Safra em curso não conseguiu cumprir todas as demandas dos produtores rurais por esse crédito.
Além disso, a linha de crédito dolarizada do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) mostrou a necessidade de alocação de mais recursos.
“Tínhamos investimentos há muito tempo paralisados. Ainda em janeiro, quando o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante assumiu, foram liberados R$ 2,7 bilhões para investimentos, que rapidamente foram tomados, e nós começamos então a busca por complementos orçamentários”, explicou o ministro Carlos Fávaro, em nota.
“Buscamos a complementação de recursos por meio de remanejamento de outros orçamentos para que nós pudéssemos disponibilizar os valores para o Plano Safra“, completou.
Com informações de Estadão Conteúdo.