O conselho de administração da Sabesp (SBSP3) aprovou a realização da 29ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em até três séries, para distribuição pública no valor de R$ 1,25 bilhão.
Serão 500 mil debêntures na primeira e 750 mil na segunda série. A terceira terá, no mínimo, 150 mil. O vencimento será a cada cinco anos, sendo 2026, 2031 e 2036 respectivamente.
Os valores relativos à remuneração da primeira série deverão ser pagos semestralmente, com início em 15 de junho de 2022. Os pagamentos da segunda e terceira são anuais, começando em 15 de dezembro também de 2022.
Os recursos da primeira série serão utilizados para refinanciamento de compromissos financeiros e recomposição de caixa. Os da segunda e terceira séries serão destinados para investimento, pagamento futuro ou reembolso de gastos, despesas ou dívidas despendidos em até 24 meses antes do encerramento da oferta.
Segundo o fato relevante, será adotado o procedimento de coleta de intenções de investimento para definir a taxa final da remuneração das debêntures, dentre outras características da emissão.
Veja também:
Sabesp recomenda consultoria para privatização
No mês passado, a Sabesp recomendou a contratação do International Finance Corporation (IFC) para estruturar os passos de sua privatização.
A recomendação para a Secretaria da Fazendo e Planejamento consiste na “identificação e análise das possíveis alternativas de reestruturação do capital da Sabesp”, de acordo com a estatal.
Segundo a empresa, a cada etapa relevante dos trabalhos a serem realizados pelo IFC, o Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização (CDPED) deve ser notificado para avaliação e prosseguimento à privatização da Sabesp.
A recomendação ocorre na esteira do Novo Marco Regulatório do Saneamento, aprovado no ano passado e que altera as diretrizes do setor de atuação da Sabesp.
Para o Goldman Sachs, a contratação da consultoria é um passo positivo, mas enxerga que o mais difícil ainda está por vir.
“Esperamos que o pontapé inicial do governo estadual seja a parte menos desafiadora de um potencial processo de privatização da Sabesp, considerando os potenciais desafios políticos e jurídicos, ainda mais impulsionados pela proximidade das eleições de 2022″, diz o banco em relatório.
(Com informações do Estadão Conteúdo)