A segunda fase da privatização da Sabesp (SBSP3) tem atraído muita procura do mercado. No entanto, o peço por ação deve ficar abaixo do valor atual dos papéis, de acordo com o jornal Valor Econômico.
Na atual fase da privatização da Sabesp, o governo planeja vender 17% da companhia ao mercado, de forma pulverizada. Segundo fontes do jornal, a demanda superou os R$ 110 bilhões em ordens no final da semana passada. No entanto, a demanda real deve ficar em torno dos R$ 30 bilhões, com um rateio entre os investidores interessados.
Apesar da alta demanda, o preço por ação da Sabesp deverá ficar em R$ 67, diz a publicação. O valor é 19,42% inferior ao preço da fechamento da última sexta-feira (12), que foi de R$ 83,15.
Com isso, o valor deve ser o mesmo que o oferecido pela Equatorial (EQTL3) na primeira fase da oferta. Dado o modelo adotado, a proposta da primeira fase se tornou um teto para a segunda etapa da desestatização da Sabesp.
O valor a ser recebido pelo governo, portanto, deve ser de R$ 7,9 bilhões na segunda fase da privatização. Esse montante será somado aos R$ 6,9 bilhões ofertados pela Equatorial, que vai se tornar a a acionista de referência, com 15% do capital.
Dessa forma, o valor total arrecadado com venda de 32% das ações da Sabesp deve chegar a cerca de R$ 14,8 bilhões. O Estado ficará com 18% da empresa.
O período de reserva de investimentos para a segunda fase da oferta da Sabesp se encerra nesta segunda-feira. A precificação dos papéis deve ser confirmada na quinta-feira (18), enquanto a liquidação da oferta ocorre na próxima segunda-feira (22).
Depois disso, vale lembrar que ainda deve haver um período de análise da operação por parte do Cade, para que a Equatorial possa de fato assumir oficialmente o posto de acionista de referência da Sabesp.