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Sabesp (SBSP3) tem lucro de R$ 567 milhões no 4T21; Genial ‘fica de fora do case’ com Ebitda menor

BB-BI recomenda Compra de Sabesp (SBSP3) após queda das ações

Sabesp. Foto: Divulgação

A Sabesp (SBSP3) fechou o quarto trimestre de 2021 com lucro líquido de R$ 567,5 milhões, o que representa uma queda de 31,7% ante o apurado no mesmo intervalo de 2020.

No ano de 2021, a Sabesp  registrou lucro de R$ 2,305 bilhões, representando uma variação positiva de 136,9% ante 2020.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e Amortização) ajustado somou R$ 1,493 bilhão, com recuo de 18,9 ante o registrado um ano antes. No ano, o Ebitda ajustado totalizou R$ 6,372 bilhões, com decréscimo de 0,8% ante o ano anterior.

A receita operacional líquida totalizou R$ 5,063 bilhões entre outubro e dezembro do ano passado, montante 3,7% maior que o apurado em igual etapa do ano anterior.

Em 2021, a receita operacional líquida, a qual considera a receita de construção, totalizou R$ 19,491 bilhões, um acréscimo de 9,5% em relação ao ano anterior.

No trimestre, o resultado financeiro ficou negativo em R$ 692,5 milhões, montante 14,2% menor que o apurado no mesmo intervalo do ano anterior.

O resultado financeiro ficou negativo em R$ 927,4 milhões durante o ano de 2021, número 70,7% menor que o resultado financeiro negativo de R$ 3,166 bilhões apurado em 2020.

Genial vê Ebitda frustrante da Sabesp

Com preço-alvo de R$ 58, os analistas da Genial frisam que o uspide do papel ficou pressionado ante o recente rally dos ativos de bolsa. A casa destaca que o potencial de valorização – de 25% –  não é desprezível aos atuais níveis de preço, mas os analistas desconsideram manter uma recomendação positiva após o balanço.

“No geral, a empresa apresentou um resultado fraco, com destaque negativo a evolução dos custos operacionais e provisões ainda em números elevados. A receita alcançou R$5,1 bilhões, derivado da evolução orgânica dos consumos de água e esgoto (+3,5% a/a) e dos reajustes tarifários do ano passado”, diz o relatório da Genial.

“Os grandes pontos negativos do trimestre ficaram por conta da evolução expressiva dos custos operacionais em praticamente todas as linhas (ou seja, tanto nos custos gerenciáveis quanto naqueles não gerenciáveis, como energia elétrica). No geral, os custos alcançaram R$2,2 bilhões (+18,4% a/a). Ainda no ponto negativo, chama a atenção do aumento das provisões para devedores duvidosos, que alcançou R$260 milhões no 4T21 (+173% a/a)”, frisa a Genial.

Para a Genial esse descompasso entre receita e custos que gerou um EBITDA de R$1,4 bilhões no trimestre e uma margem EBITDA de 29,5% (vs. 37,7% no 4T21) é negativo para a companhia.

“Entendemos que o recente reajuste tarifário aprovado recentemente deve trazer um alívio para as margens da empresa, mas para nos sentirmos mais confiantes no case, preferimos esperar um ponto de entrada mais interessante e uma maior moderação nos custos operacionais da empresa por parte dos seus controladores”, diz o analista Vitor Sousa.

Além disso, há citação de que a corretora tem “ceticismo quanto a uma eventual privatização da empresa”, considerando que os principais candidatos ao governo do estado de São Paulo (por hora, aqueles que estão aparecendo nas pesquisas) muito dificilmente colocariam a Sabesp dentro da sua pauta de privatizações caso eleitos.

Com Estadão Conteúdo

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