Sabesp (SBSP3): Equatorial (EQTL3) é confirmada com investidora de referência na privatização
A Equatorial (EQTL3) foi confirmada como investidora de referência da Sabesp (SBSP3), no âmbito da privatização da companhia, após cumprir as exigências previstas no prospecto da oferta pública para adquirir o bloco prioritário de 15% das ações da empresa, afirmou a secretaria do governo do Estado de São Paulo.
O governo detém, hoje, 50% das ações da Sabesp. Após a oferta, o Estado ficará com cerca de 18% de participação e o investidor estratégico terá 15%. O restante será dividido entre acionistas minoritários.
Apesar de reduzir sua participação e deixar de ser o acionista controlador, o Estado manterá a golden share na empresa. Isso significa que ele terá o direito de vetar decisões.
A Equatorial garantiu o posto de acionista de referência após oferecer R$ 67 por ação da Sabesp, o que corresponde a R$ 6,8 bilhões. A empresa foi a única a formalizar uma proposta.
De acordo com o cronograma de privatização da Sabesp, a fixação do preço por ação acontece nesta quinta-feira (18), ao passo que a liquidação da oferta está marcada para o dia 22 de julho.
Segundo publicação do jornal Valor Econômico, a demanda na oferta da Sabesp superou os R$ 110 bilhões em ordens no final da última semana. Contudo, o valor real, diz o jornal, deve ficar em torno dos R$ 30 bilhões, com um rateio sendo feito entre os investidores.
Assim, de acordo com a publicação, o preço por ação deve ficar em R$ 67, justamente o valor oferecido pela Equatorial, que teria se tornado um teto para a segunda fase do processo.
O objetivo de desestatização da Sabesp, segundo a companhia, é ampliar os investimentos a fim de antecipar a universalização do saneamento nas áreas de atuação da empresa até 2029 e reduzir as tarifas para todos, em especial aos mais vulneráveis.
“O cronograma previsto no início do processo de desestatização da Sabesp tem sido estritamente cumprido, com transparência e amplo diálogo, incluindo municípios, parlamentares, órgãos de controle, judiciário e sociedade civil”, diz o governo do Estado de SP.