Os credores da Sabesp (SBSP3) concederam autorização para a troca de controle da companhia, conforme o presidente da empresa, André Salcedo, declarou ao jornal Valor Econômico. Esse é um dos passos necessários para a privatização.
Os credores em questão respondem por R$ 22 bilhões em dívidas da Sabesp, que incluem debêntures, empréstimos com bancos nacionais e com organismos multilaterais.
De acordo com o CEO da Sabesp, apenas para uma parcela “irrisória” dos credores, que detém R$ 50 milhões, houve pré-pagamento, “em benefício do processo como um todo”.
No caso dos debenturistas da Sabesp, que respondiam por R$ 10 bilhões da dívida da empresa em março, a taxa de negociação foi de 0,10% flat.
Sabesp (SBSP3): Tanure pode entrar na disputa em privatização, diz jornal
O empresário Nelson Tanure estuda entrar no processo competitivo pela Sabesp (SBSP3), segundo informações do jornal Valor Econômico.
Nesse cenário, Tanure entraria na disputa para ser o acionista de referência da Sabesp, competindo como gigantes do mesmo ramo como Aegea e Equatorial (EQTL3).
O prazo para manifestar interesse no processo se encerrou nesta segunda (17).
Uma fonte anônima a par do tema relatou ao veículo que Tanure visa sinergias coma Emae, companhia que ele arrematou em leilão ainda em 2024.
Como arrematar uma fatia da SBSP3 custaria um montante expressivo, Tanure estaria costurando um acordo com o braço de investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o BNDESPar.
Apesar disso, o banco diz que “não celebrou e nem está em vias de negociar qualquer acordo, convênio ou parceria com terceiros para participação na oferta pública” da Sabesp.
O Governo de São Paulo se pronunciou dizendo que a “oferta pública se encontra em período de silêncio” e que “toda divulgação neste período se dará por meio do prospecto e fatos relevantes da empresa”.
No âmbito da oferta, um dos fatores que pode atrapalhar as ofertas, nesse sentido, é a poison pill – mecanismo que impede que um sócio se torne majoritário.
Com isso, fundos e outros parceiros do setor financeiro – como a Itaúsa (ITSA4) – possuem dificuldades em participar da oferta da Sabesp e adquirir uma participação societária.