Entre as estatais, a Sabesp (SBSP3) é a companhia que brilha os olhos dos analistas do BTG Pactual (BPAC11). Para os especialistas do banco, a privatização da companhia pode proporcionar uma valorização nos papéis.
“Não apenas o governo estadual está perseguindo publicamente a agenda de privatizações, mas as ações não parecem estar precificando qualquer fatia desse cenário”, disseram os analistas do BTG João Pimentel, Gisele Gushiken, Maria Resende e Luis Mollo.
Os analistas do BTG Pactual enxergam que a companhia paulista é a top pick do setor das empresas estatais.
“No entanto, não achamos que a recomendação venha exclusivamente da privatização. A empresa anunciou recentemente um novo CEO – André Salcedo – com vasta experiência no BNDES (2003 – 2019) e na concessionária de saneamento Iguá (2019 – 2021)”, prosseguiram os analistas.
E embora haja um limite para a eficiência extraída de uma estatal, acreditamos que uma nova equipe de executivos pode abrir caminho para melhorias operacionais significativas, que podem até ajudar o governo estadual a extrair mais valor da empresa em caso de privatização.
“Ao todo, gostamos do risco-retorno da tese de investimento a preços atuais, especialmente considerando que o preço das ações não contempla quase nenhum upside potencial da privatização“, destacaram.
Os analistas do BTG trabalham com recomendação de compra do papel, com preço-alvo de R$ 63.
Sabesp: Inter também recomenda papel
O time de research do Inter também trabalha com recomendação de compra para as ações da Sabesp.
O banco mineiro acredita que a Sabesp possui 60% de chance de ser privatizada atualmente. Assim, o preço-alvo das ações da Sabesp subiu para R$ 65, contra R$ 52 anteriormente, com recomendação de compra.
Segundo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, a privatização da Sabesp pode ocorrer até o final de 2024. A ideia é que essa negociação siga os mesmos moldes do que foi feito na Eletrobras (ELET3).
No fechamento de sexta (28), as ações da Sabesp fecharam o dia sendo negociados por R$ 53,60.