A Sabesp (SBSP3) teve, para o Goldman Sachs e para o BTG Pactual, um bom desempenho no quarto trimestre de 2020. Os analistas afirmaram que a maioria dos números da companhia surpreenderam e que o balanço foi sólido. Porém, o que guiará a performance da empresa agora é o processo de revisão tarifária em andamento.
“O tema principal para a Sabesp no momento é o seu processo de revisão tarifária de 2021, que está em andamento”, afirmam os analistas Pedro Manfredini e Flavia Sounis, do Goldman Sachs.
O BTG Pactual (BPAC11) vai no mesmo caminho, afirmando que a revisão dos preços da Sabesp até 2024, começou com o pé direito, com a tarifa preliminar apresentada pela a Agência Reguladora de São Paulo (Arsesp), em R$ 4,84 por metro cúbico, se mostrando positiva para a empresa.
O Goldman Sachs acredita que o aumento tarifário deve ficar entre 12% a 15% – incluindo o diferimento do reajuste de 2020, quando a Sabesp optou por não aumentar os preços por conta da crise da covid-19 – apesar de isso poder gerar alguma pressão política.
A nova tarifa, que será confirmado com o fim da audiência pública em andamento, previsto para o dia nove de abril, pode gerar, para o banco, até R$ 55,5 bilhões em base de ativos regulatórios (RAB Líquido).
Números do quarto trimestre da Sabesp foram sólidos
Fora isso, os números do quarto trimestre da Sabesp superaram quase todas as projeções do Goldman Sachs. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 1,83 bilhão superou em 12% o consenso do banco. A receita líquida de R$ 3,8 bilhões, veio 6% acima do esperado e os volumes vieram dentro da expectativa.
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