A Sabesp (SBSP3) avança, por volta das 12h, cerca de 2,60%, negociada a R$ 42,94, após a Agência Reguladora dos Serviços Públicos do estado de São Paulo (Arsesp) autorizar um aumento da tarifa média cobrada por metro cúbico para R$ 5,1251.
O número é maior do que sugeria a revisão preliminar, que apontava o preço médio em R$ 4,84 por metro cúbico. A nova taxa cobrada pela Sabesp passa a ser vigente a partir de maio de 2020.
Além disso, a Arsesp definiu também o cálculo da Base de Ativos Regulatória Líquida (RAB) em R$ 55,8 bilhões, número maior do que os R$ 54,3 bilhões projetados no início do processo.
Em 2020, a companhia congelou o avanço, apesar de ter repassado, em agosto, a variação de 3,4% do IPCA aos consumidores.
Revisão tarifária da Sabesp é vista com bons olhos
Para a Ativa Investimentos, os parâmetros divulgados são positivos para a Sabesp. Com isso, a casa voltou a reiterar sua recomendação de compra do ativo.
“Os números finais contemplam um avanço de 5,9% na tarifa máxima previamente divulgada, a manutenção do WACC de 8,10%, uma queda do redutor de inflação acumulada que ficou alçado em 0,2142 e reajustes faseados de preço, iniciando em 2021 com um avanço de 7,6% para os segmentos residencial e não residencial e uma queda de 1,0% para o residencial social”, afirmam os analistas.
A XP foi no mesmo caminho, e afirmou que os termos finais apresentados são positivos em seu mornig call.
Anteriormente, o Goldman Sachs e o BTG Pactual já haviam sinalizado que a decisão tarifária era de máxima importância para a companhia, superando, até mesmo, os bons resultados já apresentados em 2020.
“O tema principal para a Sabesp no momento é o seu processo de revisão tarifária de 2021, que está em andamento”, afirmam os analistas Pedro Manfredini e Flavia Sounis, do Goldman Sachs.
Para o BTG, até mesmo a revisão tarifaria que impunha um preço de R$ 4,84 já era boa para a Sabesp.