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Sabesp sobe 10% com aprovação do novo marco legal do saneamento

Sabesp

Sabesp dispara na Bolsa após João Doria falar em privatização

As ações ordinárias da Sabesp (SBSP3) apresentaram alta no pregão desta terça-feira (4). A cotação dos papeis subia 10,96% a R$ 48,89 no fechamento. Assim, a empresa liderava os ganhos do Ibovespa. A alta ocorre devido à aprovação simbólica do novo Marco Legal do Saneamento Básico.

Deste modo, além da Sabesp, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (CSMG3) também subia na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) no fechamento. Com alta de 7,10% a R$ 66,40.

Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado aprovou o parecer do senador Roberto Rocha (PSDB), referente ao projeto de lei que atualiza o Marco Legal do Saneamento Básico. O projeto foi apresentado pelo senador Tasso Jereissati (PSDB), na última segunda-feira (3).

Também na véspera, a Medida Provisória (MP) 868/2018, editada pelo ex-presidente da República Michel Temer perdeu validade. Por conta do vencimento, o Senado aprovou na segunda-feira o requerimento para a tramitação do projeto de lei em regime de urgência.

O projeto de lei aprovado simbolicamente pelos parlamentares resgata diversos pontos da MP de Temer. Deste modo, determina a abertura de licitação, com a participação tanto de empresas públicas, como privadas, para os novos contratos de saneamento.

Assim, o texto acaba com o direito de preferência das companhias estaduais.

Projeto de lei do senador Tasso Jereissati

O parecer de Rocha altera dois pontos do projeto de Jereissati:

  1. Concessionárias que estiverem inadimplentes terão contratos e convênios rescindidos. Assim, os municípios são liberados para fazer licitações.
  2. Prorrogação por um ano do prazo para que os municípios apresentem seus planos de saneamento básico.

No projeto, prevê-se a criação do sistema de blocos. Desta forma, seriam licitadas áreas rentáveis com outras áreas não tão lucrativas.

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“As companhias estaduais teriam muita dificuldade de concorrer com a empresa privada. A gente supõe que a empresa privada vai ter interesse apenas no que se chama filé. Nosso parecer chama a figura da formação de blocos”, explicou o relator, Roberto Rocha.

Para que o projeto torne-se lei, a proposta ainda deve ser aprovada pelo plenário do Senado, pela Câmara dos Deputados, e passar pela sanção do presidente da República, Jair Bolsonaro.

Simultaneamente, outros três projetos de lei sobre o mesmo assunto tramitam na Câmara. Mas o projeto do senador Tasso Jereissati agradou os investidores da Sabesp e da Companhia de Saneamento de Minas Gerais.

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