Rússia diz que está pronta para negociar cessar-fogo com Ucrânia
Autoridades da Rússia disseram nesta quarta-feira (2) estarem prontas para uma segunda rodada de discussões com autoridades ucranianas sobre possível cessar-fogo na região, informou a agência de notícias Reuters. Entretanto, é incerto que as contrapartes ucranianas estarão presentes no encontro.
Segundo Dmitry Peskov, porta-voz do governo russo, há informações contraditórias sobre a realização do encontro de paz. Este seria o segundo do tipo após reunião entre autoridades russas e ucranianas na fronteira bielorrussa não produzir qualquer avanço diplomático para o conflito.
O emissário do Kremlin, sede do governo da Rússia, disse torcer para que a discussão avance. “Vamos esperar que isso aconteça. Nossos [negociadores] estarão lá e estarão prontos”, afirmou.
Na terça-feira (1º), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, cobrou a suspensão dos bombardeios de cidades ucranianas antes que encontros de paz pudessem acontecer.
Sob forte esquema de segurança durante entrevista à emissoras americanas, o presidente ucraniano pediu garantias de que a organização militar Otan não irá fechar as portas ao seu país. Desde o início do conflito, a aliança militar enviou armas e explosivos ao país.
Respostas da Rússia às sanções
O porta-voz da Rússia, Dmitry Peskov, também afirmou que o governo russo deve formular uma dura resposta às sanções econômicas impostas por governo do Ocidente.
De acordo com o porta-voz, a economia russa, ainda que forte, sofreu um baque significativo com as medidas impostas. Para Peskov, entretanto, o país tem experiência para lidar com crises e superá-las.
Sobre a construção do gasoduto Nord Stream 2 pela estatal russa Gazprom, o emissário afirmou que o senso comum dita que a iniciativa deva ser completada e inaugurada.
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Apesar da dependência europeia de importação de gás natural, o governo da Alemanha disse na semana passada que suspenderia o alvará para a construção do gasoduto.
A Alemanha é a principal consumidora do gás russo, e a decisão foi vista por lideranças ucranianas como a mais dura contra a Rússia até o momento.