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Rússia dará “calote iminente”, diz Fitch ao rebaixar classificação de B para C; bancos limitam saques em dólar

EUA anunciaram novas sanções, mais severas, e baniram petróleo da Rússia, o que mudou projeções dos analistas sobre o cenário macroeconômico - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

EUA anunciaram novas sanções, mais severas, e baniram petróleo da Rússia, o que mudou projeções dos analistas sobre o cenário macroeconômico - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

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A Fitch, pela segunda vez consecutiva, rebaixou a classificação (rating) da Rússia. Nesta terça-feira (8), o rating do país foi cortado de B para C pela agência de classificação de risco.

Apesar de a Fitch não costumar fornecer um parecer econômico nas classificações com estes rótulos, a agência destacou que um default por parte do país é “iminente”. Na última quarta-feira (2) a agência já havia rebaixado o nível da Rússia de BBB para B.

Na avaliação da Fitch, de maneira mais geral, o aumento das sanções contra a Rússia e propostas que poderiam limitar o comércio de energia aumentam a probabilidade de uma resposta política que inclua pelo menos o não pagamento seletivo de suas obrigações de dívida soberana.

A Fitch cita um decreto presidencial de 5 de março, que pode forçar uma redenominação dos pagamentos da dívida soberana em moeda estrangeira para a moeda local para credores em países específicos.

Além disso, a aplicação do regulamento do Banco Central da Rússia restringiu a transferência de cupons de dívida em moeda local para não residentes desde o final da semana passada, aponta.

Em menor grau, o risco de imposição de barreiras técnicas ao serviço da dívida, inclusive por meio do bloqueio direto da transferência de fundos, ou por meio de sistemas de compensação e liquidação, também aumentou um pouco desde a última revisão, avalia a Fitch.

BC da Rússia anuncia novas medidas para controle de moedas estrangeiras no país

O Banco Central da Rússia anunciou, também nesta terça (8), novas medidas que limitam as transações com moedas estrangeiras no país.

Em comunicado, a instituição afirma que, até o dia 9 de setembro, os clientes poderão retirar no máximo US$ 10 mil de suas contas. Em caso de valor excedente, o mesmo será convertido em rublos russos com a taxa de mercado do dia.

Os bancos também não venderão dinheiro aos cidadãos durante a vigência da ordem temporária, segundo a publicação, o que tem potencial de levar a transações no mercado paralelo.

Os cidadãos poderão abrir novas contas e depósitos em moeda estrangeira, mas só será possível retirar fundos delas em rublos, aponta o Banco Central russo.

Segundo o comunicado, nos bancos da Rússia, cerca de 90% das contas em moeda estrangeira não excedem o valor de US$ 10 mil, ou seja, 90% dos titulares de depósitos ou contas em moeda estrangeira poderão receber integralmente seus fundos em dinheiro.

Com informações do Estadão Conteúdo

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