A Rumo (RAIL3) informou, na noite da última quinta-feira (13), que seu Conselho de Administração aprovou a oferta primária de ações divulgada no mês passado. A oferta será de, inicialmente, 235 milhões de ações ordinárias, que pode ser acrescida de uma oferta adicional de 82,25 milhões de papéis.
O preço das ações da oferta, contudo, será definido por bookbuilding. O anúncio ocorrerá em 25 de agosto, com os novos papéis da Rumo passando a ser negociados na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) no dia seguinte. O coordenador da oferta é Bradesco BBI, que fará esforços para colocação doméstica e no exterior, junto às seguintes instituições financeiras:
- Itaú BBA
- BB Banco de Investimento
- J.P. Morgan
- Safra S.A.
- Citigroup
- Credit Suisse
- Morgan Stanley
- XP Investimentos
A companhia que atua no ramo de infraestrutura salientou que, com base na cotação das ações no fechamento do pregão da última quinta-feira, a R$ 22,02, a oferta poderá levantar R$ 6,98 bilhões se consideradas as ações adicionais. A precificação dos papéis terá como base a média ponderada por volume do preços das ações nos 30 pregões anteriores, além da cotação na data de fixação do preço da oferta.
O comunicado da Rumo diz que os recursos captados serão utilizados pela empresa para financiar projetos referentes à renovação antecipada da concessão da Malha Paulista. O montante levantado também servirá de pré-pagamento de outorgas devidas em virtude de seus contratos de concessão.
No fim de maio, a Rumo renovou a concessão da ferrovia da Malha Paulista, que interliga regiões produtoras de grãos do Centro-Oeste ao Porto de Santos. O negócio ficou quatro anos em discussão.
Originalmente, o contrato da empresa venceria em 2028, e, segundo o Ministério da Infraestrutura, foi renovado por mais 30 anos. A Rumo terá que realizar investimentos na ordem de R$ 6 bilhões em obras, trilhos, vagões e locomotivas da malha nos primeiros cinco anos de concessão. O governo, por sua vez, arrecadará R$ 2,9 bilhões com o novo contrato.