Em comunicado divulgado ao mercado nesta sexta-feira (28), a Rumo (RAIL3) esclareceu que já autorizou a deliberação sobre eventual aumento de capital em até R$ 3,5 bilhões, mas que que não realizou sondagem a investidores e nem submeteu qualquer pedido de aprovação sobre a realização de uma oferta pública de ações ao seu conselho de administração.
A empresa se manifestou após uma notícia veiculada pelo Broadcast, informando que a Rumo estaria preparando uma oferta de ações na casa dos R$ 5 bilhões. Segundo a publicação, o sindicato de bancos que coordenarão a oferta começa a ser formado e teria o BTG Pactual e o Itaú BBA entre os já escolhidos.
Ainda de acordo com o texto, o mercado esperava que a oferta já tivesse sido feita, e a nova perspectiva é de que ela ocorra em setembro. O que se discute no momento é a destinação de recursos para ajustar o volume da operação.
A oferta seria primária, ou seja, com emissão de novas ações para o caixa da empresa, disse o Broadcast.
Em 2020, a Rumo levantou R$ 6,4 bilhões em follow-on, com a ação vendida a R$ 21,75. No ano, os papéis da empresa de logística sobem 26,55%.
Iniciado na gestão Sarney, terminal da Rumo, concessionária da Ferrovia Norte-Sul, é inaugurado
Em junho, após quase 40 anos em obras, o terminal da Rumo, concessionária da Ferrovia Norte-Sul, em Rio Verde, Goiás, foi inaugurado. A cidade é um dos principais polos do agronegócio na região Centro-Oeste.
O evento, que contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), marca a conclusão das obras dessa importante ligação ferroviária, considerada a espinha dorsal do sistema de transporte sobre trilhos do Brasil. A ferrovia, que possui 2.257 quilômetros de extensão, conecta os portos de Itaqui, no Maranhão, e Santos, em São Paulo, atravessando quatro regiões.
Em nota oficial, o governo federal divulgou a inauguração com palavras de otimismo sobre desenvolvimento econômico e geração de empregos: “A conclusão permite que três estados com forte produção de commodities – como soja, milho e algodão – tenham saída para seus produtos pelo mar. Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais ganham competitividade no momento de exportar seus produtos, seja pelo litoral da Região Sudeste ou pelo Norte do país. Como resultado prático, desenvolvimento e geração de emprego para todo o novo corredor logístico”.
Histórico da Ferrovia Norte-Sul
A construção da Ferrovia Norte-Sul foi iniciada em 1986, na gestão Sarney, mas avançou pouco nas primeiras décadas. Somente a partir de 2007, durante o segundo mandato de Lula, recebeu investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), ganhando impulso. Na época, o trecho de Açailândia, no Maranhão, a Porto Nacional, no Tocantins, foi concedido à VLI Logística para operação.
A empresa Rumo passou a gerir o trecho centro-sul da ferrovia, que se estende de Porto Nacional a Estrela D’Oeste, em São Paulo, em uma extensão de 1.537 quilômetros. No interior de São Paulo, a ferrovia conecta-se à Malha Paulista, estendendo-se até o litoral.
Nos últimos quatro anos, a Rumo construiu três terminais em São Simão e Rio Verde, em Goiás, e em Iturama, Minas Gerais. A empresa investiu R$ 4 bilhões em obras de infraestrutura, terminais e material rodante. Além dos terminais, várias outras obras de infraestrutura atreladas à conclusão da ferrovia foram precisas, como quatro pontes entre Goiás, São Paulo e Minas Gerais. Além disso, foi preciso conectar algumas áreas com centenas de quilômetros de trilhos e inúmeros pátios, como entre as Malhas Central e Paulista na cidade de Estrela D’Oeste.
Com informações de Agencia Brasil e Estadão Conteúdo