A Rossi Residencial (RSID3) entrou com um pedido de recuperação judicial em conjunto com as 313 sociedades integrantes de seu grupo econômico nesta segunda-feira (19).
A solicitação da Rossi foi feita na 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da cidade de São Paulo.
Segundo o Grupo Rossi, o pedido de recuperação judicial representa uma etapa fundamental no processo de
equilíbrio econômico-financeiro do conglomerado.
O processo de equacionamento em questão foi iniciado em dezembro de 2017, com a reestruturação de dívidas corporativas contratadas junto a instituições financeiras.
“A administração confia que a Recuperação Judicial é o instrumento adequado para viabilizar uma solução global e definitiva para a readequação do fluxo de caixa do Grupo Rossi, a manutenção de sua normalidade operacional e a retomada da expansão de suas atividades”, afirmou o Grupo Rossi em fato relevante divulgado ao mercado.
O Conselho de Administração do grupo irá submeter o pedido de recuperação judicial da Rossi à deliberação e ratificação em assembleia geral com acionistas.
Dívida do Grupo Rossi é de R$ 1,2 bilhão
O portal Valor Econômico divulgou que a dívida do Grupo Rossi é de aproximadamente R$ 1,2 bilhão.
Segundo o site, uma fonte ligada à Rossi Residencial disse que, desse montante, cerca de R$ 300 milhões são devidos à Caixa, R$ 40 milhões ao Banco do Brasil e o restante é passivo cível, devido a fornecedores e outras ações judiciais.
Segundo a fonte, a empresa conseguiu reestruturar 90% de sua dívida bancária antes do pedido de recuperação. Ela ainda ressalta que a Rossi não deixou obras inacabadas, tendo se concentrado nos últimos anos em terminar os empreendimentos que já estavam iniciados.
A expectativa é que a companhia siga caminho semelhante aos da PDG e Viver, incorporadoras que passaram por situações parecidas e conseguiram sair da recuperação judicial. Atualmente, a Rossi é assessorada pelo escritório E. Munhoz Advogados, o mesmo que acompanhou a recuperação da PDG.
Nesta terça-feira (20), o Grupo Rossi deve convocar uma assembleia para o próximo mês com intuito de aprovar e homologar o pedido de recuperação judicial. A partir disso, ainda terá cerca de 180 dias para apresentar um plano de recuperação, com a possibilidade de extensão do prazo por mais 180 dias.
O Grupo Rossi afirmou que irá manter o mercado informado sobre o desenvolvimento do assunto.