A Procuradoria-Geral da República (PGR) decidiu unificar e reabrir duas investigações sobre supostos pagamentos da empreiteira OAS ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. A informação foi divulgada na madrugada deste sábado (31) pelo jornal “O Globo”.
Segundo a publicação, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, autorizou a solicitação e determinou o envio dos autos à Polícia Federal (PF) para a reabertura da investigação.
Um dos inquéritos tem como base as trocas de mensagens entre Maia e o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro. Na investigação, em 2017, a PF concluiu que havia indícios de crime de corrupção passiva. Maia é suspeito de ter beneficiado a empreiteira em uma medida provisória em troca de recebimento de doações eleitorais.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, na época, deixou o caso para decisão de seu sucessor. O atual procurador, Augusto Aras, que assumiu em setembro do ano passado, entendeu que seria necessário reabrir e aprofundar as investigações.
O outro inquérito é sobre supostos repasses de caixa dois da OAS a Maia. Esse inquérito tem como base a delação premiada de funcionários do setor de contabilidade da empreiteira. No início deste ano, a PF enviou ao ministro Fachin um ofício com novos indícios sobre o caso e sugeriu sua reabertura.
Fachin intimou Aras para a retomada das investigações sobre Rodrigo Maia. O procurador solicitou que o caso retornasse à PF para a realização de novas diligências. O caso tramita sob sigilo.