O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tratou, na manhã deste domingo (6), da divisão de recurso do leilão do pré-sal com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), no Palácio da Alvorada. Vale ressaltar que o encontro não estava na agenda.
De acordo com informações do jornal “O Estado de S. Paulo”, o encontro entre Rodrigo Maia e Bolsonaro durou cerca de 50 minutos. O governo quer dividir os R$ 106,5 bilhões do bônus da assinatura do leilão, que está marcado para o próximo mês.
A divisão seria feita assim: após o pagamento de R$ 33,6 bilhões para a Petrobras, parlamentares, estados e municípios teriam direito a 10%, o que representa R$ 7,3 bilhões. A União ficaria com a maior parte, de R$ 48,9 bilhões.
Maia, entretanto, disse ao presidente que a proposta da equipe econômica não será aceita no Congresso e defendeu uma manutenção dos 15% para cada.
“O grande problema é que os Estados do Sul, Centro-Oeste e Sudeste também querem participar dos 15%. Nós vamos construir um texto em conjunto que vai ser votado muito rápido e vai garantir ainda este ano, os 15% do FPM para os municípios e a regra dos Estados, que o presidente Davi (Alcolumbre) e os líderes do Senado e da Câmara entenderem relevante dos 15%, vamos respaldar também”, disse Maia.
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O deputado negou algum atrito com o governo na questão do valor. “Não houve ruído. É todo mundo tentando ajudar; Paulo Guedes (ministro da Economia), Bolsonaro tentando ajudar. Houve um ruído com o senador Cid Gomes, que foi deselegante e não foi correto. A forma que ele ataca é a mesma forma que os radicais de direita atacam na rede social”, destacou Maia.
Rodrigo Maia deve fazer uma reunião em breve o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e todos governadores. O intuito é decidir a divisão do dinheiro.