Roche decide encerrar produção de medicamentos no Brasil
A Roche vai encerrar sua produção de medicamentos no Brasil. As atividades da fábrica em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, vão ser finalizadas entre quatro e cinco anos, de acordo com o grupo farmacêutico suíço.
O escritório da empresa no País, representada pela Roche Farma Brasil, será mantido em São Paulo, da mesma forma que o centro de distribuição em Anápolis, Goiás. A empresa também afirma que não prevê demissões neste ano na unidade carioca, que possui 440 empregados. A operação brasileira tem no total 1.200 colaboradores, segundo a companhia.
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“Nossos colaboradores receberão o melhor suporte possível, com tratamento transparente e respeitoso, ao longo deste período de transição”, afirmou o presidente da Roche Farma Brasil, Patrick Eckert.
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O grupo diz que os medicamentos produzidos no Brasil são de alto volume e baixa complexidade, “o que torna a operação do Rio de Janeiro pouco sustentável”. Mesmo assim, a Roche “reforça seu compromisso de continuar abastecendo os pacientes com os medicamentos de alta qualidade hoje fabricados no Rio”. Os remédios produzidos pela empresa no País são:
- Bactrim
- Bonviva
- Cymevene
- Dilatrend
- Dormonid
- Lexotan
- Prolopa
- Rivotril
- Rocaltrol
- Rohypnol
- Valium
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Roche compra Spark Therapeutics
A Roche anunciou em 25 de fevereiro a aquisição da Spark Therapeutics, empresa especializada em terapia genética, por US$ 4,3 milhões.
A Roche irá oferecer US$ 114,50 por ação da Spark, um prêmio de 122% em relação ao preço do papel no fechamento de 22 de fevereiro. A carteira da Spark inclui tratamento de cegueira, com aprovação americana e europeia e outros projetos, como hemofilia e distúrbios neurodegenerativos. A negociação deve ser concluída no segundo semestre.
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A terapia genética vem ganhando destaque no mercado da medicina. Além disso, a rival suíça Novartis também está investindo no método de tratamento, onde as doenças raras e hereditárias possui um dos mais altos preços da medicina. A terapia de cegueira, por exemplo, custa US$ 850 mil por paciente.
“Estamos observando esse espaço há algum tempo. Simplesmente sentimos que agora é a hora certa de avançar”, disse à “Reuters” presidente-executivo da Roche, Severin Schwan. “O encaixe da Spark e da Roche é realmente excelente. Ela nos fornece um amplo portfólio e expertise em toda uma cadeia de valor”, completou Schwan.
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A empresa perdeu US$ 21 milhões devido a concorrência de cópias mais baratas de remédios contra o câncer, Rituxan, Herceptin e Avastin. Com os novos medicamentos e terapias da Spark, a Roche espera recuperar as perdas.
Maior fabricante de remédios contra o câncer, a Roche ingressou em um mercado já consolidado pelas fabricantes Keytruda da Merck, onde o crescimento incomoda até mesmo os produtos da farmacêutica, como o Tecentriq, que aproveita o sistema imunológico para combater o câncer.