O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, irá participar da Conferência do Clima (COP26), Nesta sexta (27), Campos Neto afirmou que é importante que “o governo passe mensagem responsável com o meio ambiente”.
Campos Neto disse que tem participado de diversas reuniões com o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Álvaro Pereira Leite.
“Precisamos arrumar nossa narrativa nessa área”, declarou Campos Neto, em seminário da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e da Esfera, que contou com participação do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Campos Neto lembrou que é importante a participação do BC porque o tema influencia o fluxo financeiro, de câmbio e o funding de longo prazo.
A COP26 ocorre em novembro, em Glasgow, no Reino Unido. O presidente do BC mencionou os combustíveis renováveis e o crédito de carbono voluntário.
Segundo Campos Neto, é preciso avançar no mercado de crédito de carbono organizado, mas que imposto de carbono deveria ser evitado, principalmente em países como o Brasil. “Mas a parte de precificação é natural e está avançando”, argumentou.
Lira reforça fala de Roberto Campos Neto, do BC
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) reforçou a fala de Campos Neto. Disse que há compromisso com do país com o meio ambiente e que a percepção negativa sobre o tema “machuca”.
Lira afirmou que espera que, a partir de setembro, com “a diminuição de algumas pautas que são mais complicadas”, possa levar a plenário o projeto do crédito de carbono.
“A Câmara está se debruçado sobre dois projetos e vem discutindo muito já internamente”, afirmou. “É um ativo importante para o País, principalmente, a floresta em pé”, disse o presidente da Câmara.
“No País temos em torno de 62% das florestas em todo o território nacional e essa narrativa machuca. Eu tenho certeza que, antes da COP, o Congresso poderá sair ouvindo a todos e discutindo votar a matéria para que a gente chegue lá com altivez mudando um pouco essa visão, da percepção de mundo com relação à imagem que tem sido vendida do Brasil nos últimos dois ou três anos”, disse Lira, entoando a visão de Roberto Campos Neto.
Com informações do Estadão Conteúdo