O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, declarou nesta segunda-feira (30) que as incertezas sobre o comércio mundial continuam.
De acordo com Campos Neto, as incertezas econômicas são consequências da guerra comercial entre Estados Unidos e China. O presidente do BC ressaltou que a probabilidade de que ocorra uma recessão econômica nos EUA está crescendo.
“O cenário externo segue incerto, e os riscos associados a uma desaceleração mais intensa da economia global permanecem”, afirmou Campos Neto.
Por outro lado, o presidente do BC ressaltou que há um aumento de credibilidade da economia do Brasil. O desempenho positivo é motivado pela queda da taxa de juro real do País.
Além disso, as reformas da Previdência e tributária foram apontadas como fatores necessários para o avanço econômico brasileiro.
Caso as reformas sejam interrompidas, Campos Neto ressaltou que a inflação pode subir e os prêmios de risco do País podem ser prejudicados. “A continuidade desse processo é essencial para a queda da taxa de juros estrutural e para a recuperação sustentável da economia”, afirmou o presidente do BC.
Real será beneficiado com fim da guerra comercial
Nesta segunda-feira, a agência de notícias Bloomberg ressaltou que o real deverá ser a moeda emergente mais favorecida caso Estados Unidos e China entrem em um acordo na guerra comercial.
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Além da moeda brasileira, o baht tailandês e o shekel israelense também serão favorecidos em um desfecho positivo.
A pesquisa leva em conta 19 moedas desde meados de 2017, quando o conflito comercial entre os EUA e o país asiático apresentou seus primeiros capítulos. Em geral, a expectativa dos especialistas é que a economia global também apresente melhora com o término do conflito.
Campos Neto: Recuperação econômica será gradual
Apesar da incerteza no cenário externo, essa não foi a primeira vez que o presidente do BC foi otimista em relação à economia brasileira. Segundo ele, a economia do País deve acelerar nos próximos trimestres, de forma gradual.
“Em relação à atividade econômica, dados recentes sugerem a possibilidade de retomada do processo de recuperação da economia brasileira, que tinha sido interrompido nos últimos trimestres. Nosso cenário supõe que essa retomada ocorrerá em ritmo gradual”, afirmou Campos Neto.