Mesmo em meio a crise hídrica que o Brasil enfrenta, com o pior nível de chuvas dos últimos 91 anos, não há indicação de que será necessário realizar um racionamento de energia no País, ao menos neste ano.
A visão sobre o racionamento de energia é do secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia (MME), Christiano Vieira da Silva. Ele esteve no programa A Voz do Brasil, na noite da última segunda-feira (26).
Silva disse que a região Sudeste, responsável por 70% da capacidade de armazenamento do Brasil, está com apenas 26% de sua capacidade. Acrescentou que a bacia mais atingida é a do Rio Paraná e seus afluentes, como o Tietê e o Paranaíba.
Por conta desse cenário o secretário explicou, que, desde outubro de 2020, o Organizador Nacional do Sistema (ONS) já vinha recomendando a complementação de energia por meio do acionamento das usinas termelétricas.
“E nós estamos despachando energia termelétrica desde então”, disse. Além desta medida o governo também vem adotando outras como a importação de energia de países vizinhos, facilitação da oferta por parte de usinas sem contrato, e geração excedente de usinas à biomassa.
Para mitigar chance de racionamento de energia, MME pede colaboração
Segundo ele, o objetivo é chegar em novembro – fim do período de seca – em condições adequadas. Até lá, as termelétricas deverão continuar sendo utilizadas.
O secretário de Energia falou sobre as atitudes que o brasileiro pode tomar para ajudar na economia de energia elétrica como desligar a luz dos cômodos que não estão sendo utilizados, fechar a porta do cômodo que utiliza ar-condicionado ou aquecedor, evitar abrir a geladeira desnecessariamente.
“São pequenos gestos, dentro de casa mesmo, que o consumidor pode fazer e que não vai atrapalhar em nada a rotina dele”, diz. Por mais que um racionamento de energia não esteja no radar, o alto consumo deve pressionar os reservatórios ao limite.
(Com informações da Agência Brasil)