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Rio rompe com concessionária e Maracanã volta para as mãos do Estado

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Rio rompe com concessionária e Maracanã volta para as mãos do Estado

Governo do Rio de Janeiro rompe com o consórcio do Maracanã. O anúncio foi feito pelo próprio governador, Wilson Witzel, na manhã desta segunda-feira (18).

De acordo com o governo, a decisão foi tomada por conta da “caducidade do contrato com as empresas que administram o Maracanã“. Além disso, as dívidas das empresas que cuidavam do estádio geraram um prejuízo de R$ 38 milhões.

“Isso em decorrência do descumprimento do contrato e em razão também de já haver uma decisão em primeira instância anulando a concessão. Estamos retomando o Maracanã e isso sem prejuízo para a realização das partidas de futebol”, disse o governador.

Conforme o secretário de Esportes, Felipe Bornier, a concessionária não pagava as parcelas desde maio de 2017.

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Concessão do Maracanã

Em novembro do último ano, Witzel já havia informado que em seu mandato seriam lançados editais para a concessão do Maracanã. Além disso, os editais contariam com a restauração do Museu do Índio e a reforma do estádio Célio de Barros. Dessa forma, tava a área do Maracanã seria revitalizada.

No entanto, em setembro, a Justiça cancelou o contrato de concessão do estádio. De acordo com o juiz Marcello Alvarenga Leite, da 9ª Vara de Fazenda Pública, a parceria entre o Estado do Rio e a IMX-Holding/SA, realizada em 2013, continha ilegalidades.

Além disso, o juiz afirmou que a concessionária possuía informações privilegiadas sobre a concessão do Maracanã.

IMX-Holding/SA

A IMX foi criada em 2011, uma parceria entre o grupo do empresário Eike Batista e a IMG Worldwide. No entanto, em 2015 a empresa que é uma holding de negócios nos setores de esportes e entretenimento, alterou seu nome para IMM Esporte e Entretenimento.

Tal acontecimento aconteceu cinco meses depois de Eike sair do negócio. Ele vendou sua participação na companhia para a Mubadala Development Company, um empresa de investimento e desenvolvimento de Abu Dhabi, que se tornou acionista majoritária.

Witzel sobre a decisão

Após a decisão, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, afirmou que o Maracanã pode se manter e que além dos clubes cariocas estarem pedindo, o fato da empresa ter sido condenada em primeira instância foi importante para que o acordo público-privado fosse rompido.

“O Maracanã tem renda. Vai ser administrado pelo estado em parceria com os clubes. Não vejo dificuldades. A maior dificuldade que vamos ter é de modelar a Parceria Público Privada (PPP). Mas, não haverá prejuízo nenhum. Os clubes estavam me pedindo. Manter uma empresa condenada em primeira instância não dava”, disse o governador.

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