A Rio Alto, empresa especializada na produção e comercialização de energia solar, cancelou a sua estreia na bolsa de valores no dia da precificação de sua oferta pública inicial de ações (IPO). Parte das informações são do Broadcast.
Segundo a agência, a Rio Alto optou por repensar a estrutura da transação em meio a uma maior aversão ao risco e com os investidores mais seletivos. A empresa se soma a várias outras: já são mais de 20 estreias na B3 (B3SA3) canceladas neste ano.
Apenas em abril, a Viveo, distribuidora de matérias médicos, a CTC, de tecnologia agrária, e a Allied, revendedora de produtos eletrônicos desistiram de seus IPOs.
Nem mesmo oferta totalmente primária estabilizou IPO da Rio Alto
A Rio Alto realizaria uma oferta primária, com todo o capital levantado indo para o caixa da companhia, que o utilizaria para fazer investimento em geração de energia solar, para reforçar a estrutura de capital de projetos já em andamento e para realizar possíveis fusões e aquisições. Nem mesmo o fato de toda a quantia levantada no IPO ser utilizada em investimentos conseguiu trazer estabilidade ao processo.
A estreia da Rio Alto na bolsa de valores aconteceria em um momento em que as energias renováveis, setor em que a companhia atua, chamam a atenção do mundo.
Com o presidente dos Estados Unidos Joe Biden avançando nas questões ambientais, muitas companhias do setor surfam em um bom momento. No Brasil, por exemplo, a Aeris (AERI3), empresa que produz equipamentos para a geração de energia sustentável, acumula uma alta considerável, de cerca de 30%, nos últimos seis meses.
Pode ter pesado contra a Rio Alto, porém, o fato de ela não ter ativos totalmente sob seu controle. A empresa, em seu prospecto preliminar, informou tem participação de 14,86% em três usinas solares em operação. Os planos são, porém, iniciar a operação de mais cinco ativos ainda neste ano.