Com a morte de Bruno Covas neste domingo (16), o vice-prefeito Ricardo Nunes assumirá a liderança da capital paulista em detinitivo. Nunes terá o desafio da continuidade do combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e a revisão do plano diretor do município.
Ricardo Nunes havia assumido interinamente a prefeitura no dia 2 de maio, após Covas se licenciar do cargo para dedicar seus esforços para o tratamento do câncer que lutava contra desde 2019. Em ato formal, com base na Lei Orgânica do Município, a Mesa Diretora da Câmara Municipal de São Paulo reuniu-se às 11h20 para declarar a extinção do mandato de Covas. Nunes decretou luto oficial de sete dias.
O empresário tem 53 anos, é casado e foi eleito para a Câmara de Vereadores de São Paulo pela primeira vez em 2012 e novamente em 2016. É filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB) desde os 18 anos. Ele declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) patrimônio de mais de R$ 4,8 milhões.
Nunes foi presidente da Associação Empresarial Região Sul (Aesul) e fundador da Associação das Empresas Controladoras de Pragas do Estado de São Paulo (Adesp). Além disso, é voluntário, há mais de 20 anos, na Sociedade Beneficente Equilíbrio de Interlagos (Sobei).
Ricardo Nunes é sondado pelo PSDB
De perfil político mais conservador e filiado ao MDB, Nunes, no mandato de vereador, tentou barrar menções a termos de gênero do Plano Municipal de Educação, argumentando que sexualidade não deveria ser tema nas salas de aula.
Segundo o jornal Valor Econômico, o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), partido de Covas, reforçará as negociações para tentar filiar Nunes ao partido. O PSDB domina a capital paulista desde 2016, quando João Doria, agora governador, se tornou prefeito ao vencer o petista Fernando Haddad.
Nunes já foi convidado formalmente pelo presidente do diretório municipal do PSDB, Fernando Alfredo, para integrar o partido. O dirigente já demonstrou sua expectativa em filiar o agora prefeito futuramente.
As sondages feitas pelo PSDB a Ricardo Nunes foram relatadas ao Valor há duas semanas por pessoas ligadas ao MDB nacional, embora não existam indicações que uma mudança pode acontecer em meio a este processo transitório.
Com informações da Agência Brasil.