O Revolut, a segunda fintech mais valiosa do mundo, com valuation de US$ 33 bilhões, mira a entrada no Brasil e em outros países com o ideal de ‘facilitar serviços financeiros’. Recentemente a companhia bateu 1 milhão de clientes em Portugal.
“Não quero ser como os bancos tradicionais, que tornam tudo difícil e lento para os clientes. Nosso objetivo é fazer os produtos cada vez mais simples, locais e personalizados. O cliente da França não é igual ao de Portugal”, disse recentemente o CEO do Revolut, Nik Storonsky, no Web Summit.
Um dos ideais é de transformar o app do banco digital se assemelhar a uma rede social, inserindo um chat de mensagens na mesma aba de transferências bancárias.
“O mais incrível é que hoje as pessoas mandam mais mensagens do que pagamentos pelo app”, relatou o CEO.
De acordo com a empresa, 67,5% das pessoas tinham dificuldades em falar sobre as transações, e a nova funcionalidade deixa o processo mais confortável.
Internacionalização do Revolut
Além do volume de 1 milhão de clientes em Portugal, a fintech soma outros 25 milhões de clientes espalhados em 34 países, sendo a grande maioria na Europa, berço da empresa.
O valuation de US$ 33 bilhões, que a tornou a segunda fintech mais valiosa do mundo, veio após uma rodada de investimento com aporte de US$ 800 milhões liderado pelo SoftBank e Tiger Global em julho de 2021.
Na sede, o Reino Unido – onde o russo Storonsky tem cidadania – a startup ainda não teve licença.
Atualmente os países visados pelo Revolut são o Brasil, a Austrália e, é claro, os Estados Unidos.
Na Europa, com serviços personalizados, a companhia reportou um aumento drástico da utilização dos serviços, com pagamentos com cartão subindo mais de 50% em 2022 ante o ano anterior.
O que cresceu mais, dentro da Europa, foram os serviços de moeda cruzada, que saltaram 58% – considerando transações envolvendo duas divisas, como Euro e Dólar.
Desde janeiro, a fintech viu seus downloads praticamente dobrarem em alguns países como Portugal. A nação, aliás, soma quase 1,2 mil colaboradores da companhia, o país o qual é destinado a segunda maior força de trabalho pela controladoria.
“Em cinco anos, quero ser mais global, estar em mais países, ter mais e melhores produtos. Sinto que ainda estamos na superfície do que é possível fazer”, relatou o CEO do Revolut no Web Summit.