E agora, Nubank (NUBR33)? Revolut, maior concorrente global, chega ao Brasil

Como se a disputa dos bancos digitais já não fosse concorrida, agora o Nubank (NUBR33) tem um novo e grande competidor no mercado brasileiro. O banco digital mais popular da Europa e concorrente direto do roxinho no quesito fintech mais valiosa do mundo chega ao Brasil. O Revolut já opera em 35 países e espera que o mercado brasileiro fique entre os cinco maiores da instituição.

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O banco digital tem mais de 18 milhões de clientes no mundo e na última rodada de investimentos foi avaliado em US$ 33 bilhões. O Revolut disputa com a fintech brasileira o posto de banco digital mais valioso do mundo.

O Nubank havia sido avaliado, antes da abertura de capital, em US$ 30 bilhões, no início das negociações dos papéis atingiu US$ 41,5 bilhões e agora está com o valor de mercado em torno de US$ 37 bilhões.

O Revolut avalia que o Brasil é o maior mercado da América Latina e ainda aponta que o País tem uma das populações mais ativas no universo digital, com mais de 112 milhões de usuários únicos com dispositivos móveis.

Com isso, o banco vai iniciar a operação com a oferta de uma conta e cartão internacional com acesso a múltiplas moedas e vai trazer ao Brasil a experiência do superapp global. A expectativa é de que a operação esteja completa no segundo semestre deste ano.

O Revolut analisa que os brasileiros quando viajam ao exterior ou fazem compras on-line usam cartões de crédito e casas de câmbio pagando altas taxas. Com isso, o banco enxerga uma grande oportunidade de trazer sua oferta de produtos e serviços para que os brasileiros possam comprar.

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Está à frente da operação no Brasil Glauber Mota, um dos responsáveis pela criação do banco digital do BTG Pactual (BPAC11).

“O Brasil é o maior mercado da América Latina e uma prioridade estratégica para a expansão internacional do Revolut. Com sua vasta experiência nos setores financeiros e um excelente track-record, estamos satisfeitos por Glauber se juntar ao Revolut e nos ajudar em nossa missão de criar o primeiro superapp financeiro verdadeiramente global”, disse em nota o CEO e cofundador do Revolut, Nik Storonsky.

Revolut vai ter público mais restrito do que Nubank

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, Mota analisou que o potencial da base de clientes no país, até mesmo por ser uma conta internacional, é um publico mais restrito do que o do Nubank, que atualmente tem 54 milhões de clientes.

“Eu vou ter 50 milhões de clientes? Provavelmente não. No primeiro ano, seremos algo parecido com uma mistura de Avenue, Nomad e Wise. Quando tivermos a conta local, crédito, seguros e tudo mais, estaremos mais parecidos com a alta renda do C6 Bank”, disse Mota.

Para ele a diferença do novo banco digital no Brasil será a experiência do cliente.

“A forma como a gente lida com os produtos e clientes é diferenciada, por isso nosso NPS (métrica de satisfação de clientes) é elevado. É tudo baseado em tecnologia com análise de dados na veia.”

Revolut não investe muito em marketing e aposta na experiência dos clientes, o conhecido ‘boca a boca’ para crescer, assim como o Nubank. Mas talvez mude a estratégia no Brasil para se tornar uma marca conhecida.

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Poliana Santos

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