O economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, disse nesta quarta-feira (5) que a instituição deverá concluir a revisão de sua política monetária no segundo semestre deste ano.
A revisão realizada pelo BCE teve início no começo de 2020, mas acabou sendo adiada por causa da pandemia de covid-19, explicou Lane. Posteriormente, os trabalhos foram retomados durante o verão europeu, ou seja, em meados do ano passado.
O economista-chefe do banco disse que a instituição prevê a inflação da zona do euro próxima de 1% em 2022. Em março, o BCE projetou taxa de inflação de 1,2% para o próximo ano.
Lane, que falou nesta quarta-feira durante painel promovido pelo Fórum Oficial das Instituições Monetárias e Financeiras (OMFIF, pela sigla em inglês), afirmou também que a projeção já considerava a aceleração das campanhas de vacinação na União Europeia (UE) e a reabertura econômica da região, à medida que a pandemia de covid-19 fosse controlada.
Segundo Lane, o salto na inflação que está sendo observado este ano é uma consequência dos choques da pandemia em 2020.
Lane também reiterou que o BCE está disposto a ajustar todos os instrumentos de política monetária para atingir sua meta de inflação, que é de uma taxa ligeiramente inferior a 2%.
BCE mantém juros, mas promete seguir comprando bônus em ritmo mais acelerado
O Banco Central Europeu decidiu deixar sua política monetária inalterada após reunião concluída nesta quinta-feira (22) como se previa, mas prometeu continuar comprando bônus em ritmo “significativamente” mais rápido do que no começo do ano.
As principais taxas de juros do BCE, a de refinanciamento e a de depósitos, permaneceram em 0% e -0,50%, respectivamente.
Além disso, o Banco Central Europeu manteve o volume de seu Programa de Compras de Emergência na Pandemia (PEPP, na sigla em inglês) em 1,85 trilhão de euros.
Segundo a instituição, o PEPP poderá ser “recalibrado”, se necessário, mas talvez não seja utilizado integralmente se as condições de financiamento forem favoráveis.
Veja Também: BCE diz ter elevado compras de ativos para evitar aperto em condições financeiras
As compras ocorrerão de maneira flexível para evitar eventual aperto nas condições, acrescentou a instituição. Em março, o Banco Central Europeu decidiu acelerar as compras de ativos por meio do PEPP.
O BCE também deixou inalterado o tamanho do Programa de Compras de Ativos (APP, na sigla em inglês), em 120 bilhões de euros, a um ritmo mensal de 20 bilhões de euros. As compras do APP serão realizadas “pelo tempo que for necessário”, reafirmou a autoridade monetária após reunião.
Com informações do Estadão Conteúdo
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