A quarta semana do mês de outubro, encerrada na última sexta-feira (25), contou com diversas notícias que agitaram mercado interno e, também, o cenário internacional. No Resumo da Semana da Suno Notícias confira todas as notícias mais relevantes dos últimos sete dias.
A Reforma da Previdência é a principal pauta do resumo da semana, pelo impacto causado no mercado nacional. No exterior, o Brexit se tornou novamente manchete dos jornais durante quase toda a semana. Além disso, os resultados de diversas empresas nesta semana agitaram o mercado global.
Confira os principais pontos do Resumo da Semana:
Reforma da Previdência
A reforma da Previdência é o principal destaque do Resumo da Semana. Na última terça-feira (22), às 11h20, teve início a sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para discutir o texto com as mudanças apresentadas na primeira votação. No mesmo dia, o texto do relator da proposta, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), foi aprovado e seguiu para a última votação no plenário.
Após isso, durante a tarde, o Senado votou a reforma em segundo turno, e fechou a fase de tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) no Congresso. A votação encerrou com 60 votos a favor e 19 contrários a proposta. Para ser aprovado, o texto precisava de, no mínimo, 49 votos favoráveis.
Após a aprovação da reforma, o Ibovespa atingiu sua máxima histórica, alcançando 107 mil pontos. Além disso, o dólar caiu mais de 1%, encerrando o pregão cotado a R$ 4,0757.
A reforma da Previdência foi aprovada em primeiro turno, no Senado, no dia 1° de outubro. A votação foi concluída com 56 votos a favor e 19 contrários. Além disso, o texto já havia passado por duas sessões na Câmara dos Deputados. Para ser formalizada, entretanto, o texto da reforma passará por uma promulgação do Congresso.
O Congresso estabelece um dia para ser realizada a cerimônia para colocar em vigor a PEC. As novas regras entrarão em vigor a partir da data da promulgação, com exceção das alíquotas de contribuição, que começarão a valer após 90 dias.
Pós-reforma da Previdência
O ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou que agora o foco do governo será na reforma do pacto federativo.
Segundo Guedes, o governo enviará o texto do novo pacto federativo ao Congresso na próxima semana. O ministro destacou que o foco dessa proposta é repassar um valor maior de orçamento aos estados e municípios.
“Agora vamos para o pacto federativo, com várias dimensões”, disse Guedes à imprensa, depois de deixar o Senado após a votação da reforma na última terça-feira (22).
Brexit
A saída do Reino Unido da União Europeia (UE) também foi um dos temas com maior destaque na semana do SUNO Notícias.
Na última segunda-feira (21), o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, tentou colocar em pauta o acordo do Brexit para uma votação no Parlamento de Londres. A ideia, de acordo com o governo britânico, era apresentar uma legislação para impor uma saída ordenada do bloco.
O único entrave era que John Bercow, presidente da Câmara dos Comuns, poderia recusar a legislação e a votação. O que aconteceu foi exatamente o que Johnson não queria. Bercow rejeitou o pedido do premiê britânico e não quis realizar uma votação sobre o acordo. Ele informou que um novo debate sobre Brexit seria repetitivo e que a aprovação do adiamento da votação do acordo foi justo.
“Minha decisão é que [a votação] não será debatida hoje [segunda-feira], pois seria repetitivo e desordenado. Essa é a justificativa para o julgamento perfeitamente razoável que eu fiz”, salientou o presidente da Câmara dos Comuns.
“Em resumo, a menção de hoje é a mesma de sábado e a Câmara dos Comuns decidiu o assunto. As circunstâncias de hoje são substancialmente as mesmas de sábado”, reiterou Bercow.
Na última terça-feira (22), o premiê britânico pediu aos presentes no Parlamento que considerassem a aceitação do acordo para o Brexit, firmado entre o seu governo e a União Europeia.
“Se o Parlamento se negar a autorizar o prosseguimento do Brexit e, em vez disso, optar por fazer as coisas do seu jeito e atrasar tudo até janeiro ou possivelmente mais, nestas circunstâncias, com grande pesar, devo dizer que a proposta terá de ser retirada e nós seguiremos para uma eleição geral”, ameaçou Johnson.
Após a fala do primeiro-ministro, o líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, criticou a pressa de Johnson para aprovar o acordo do Brexit.
“O Parlamento deve ter a chance de avaliar o texto, em vez de ter apenas 17 horas para aprovar a proposta sem o devido cuidado”, disse Corbyn, opositor de Johnson.
Na quinta-feira (24), Johnson pediu eleições gerais para a data do dia 12 de dezembro para dar mais tempo aos legisladores para que eles possam estudar o acordo sobre o Brexit.
Segundo o premiê, o parlamento votou para atrasar a saída do Reino Unido da União Europeia e “esse atraso pode durar muito tempo”.
Johnson fez questão de destacar seu repúdio por uma extensão ainda maior do Brexit. “Acho que a maneira de conseguir o Brexit é ser razoável com o parlamento e dizer que, se eles realmente querem mais tempo para estudar este excelente acordo, eles podem obtê-lo, mas precisam concordar com uma eleição geral em 12 de dezembro”, relatou o premiê.
O primeiro-ministro anunciou em seu Twitter que escreveu um comunicado a Corbyn, dizendo que dará ao Parlamento uma última chance de examinar seu projeto de lei de retirada.
O pedido de uma eleição geral antecipada deve acontecer na próxima segunda-feira (28). “Se eu ganhar a maioria nessas eleições, ratificaremos o grande novo acordo que negociei, concluímos o Brexit em janeiro e o país seguirá em frente”, disse Johnson.
A União Europeia adiou, nesta sexta-feira (25), sua decisão sobre uma prorrogação da data da separação com o Reino Unido. Agora, a UE espera a decisão do Parlamento britânico sobre as eleições antecipadas propostas pelo premiê britânico.
Principais destaques de resultados no Resumo da Semana
Petrobras
Os resultados das empresas funcionam, muitas vezes, como um termômetro para o mercado financeiro. Dessa forma, eles ganharam espaço nos principais noticiários durante os últimos dias e o Resumo da Semana traz os principais destaques para você. A Petrobras (PETR3; PETR4) registrou R$ 9,087 bilhões de lucro líquido no terceiro trimestre. O montante representa uma alta de 36,8% em comparação ao mesmo período do ano passado.
O resultado da Petrobras foi influenciado pelo aumento da produção em suas atividades e pela conclusão do follow-on das ações da BR Distribuidora.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 32,6 bilhões, um aumento em 9,1% em relação ao terceiro trimestre de 2018. Isso foi possível pelo desempenho operacional positivo. O balanço divulgado na última quinta-feira (24) continha uma mensagem do presidente da estatal, Roberto Castello Branco, salientando que a petroleira atingiu, nos últimos três meses, o seu recorde histórico de fluxo de caixa operacional.
Embora tenha elevado em 14,6% a produção de óleo e gás, as receitas líquidas da Petrobras caíram 13,5%, chegando a R$ 77,051 bilhões. A desvalorização do petróleo foi o agravante pela queda das receitas. A cotação do barril do tipo Brent permaneceu, em média, US$ 61,94, diminuição de 17,7% na comparação ano a ano. Por volta das 10h50, desta sexta-feira (25), as ações preferenciais da Petrobras estavam subindo 4,03% na B3.
Vale
Assim como a Petrobras, a Vale (VALE3) também divulgou seu lucro na última quinta-feira (24). A empresa registrou um lucro líquido de R$ 6,461 bilhões (US$ 1,654 bilhão) no terceiro trimestre de 2019. O resultado reverteu o prejuízo de R$ 519 milhões (US$ 133 milhões) do trimestre anterior. Em relação ao mesmo período do ano passado, a alta no lucro foi de 17,47%.
A Vale também contabilizou nos resultados do 3º trimestre US$ 225 milhões em despesas referentes ao rompimento da barragem de Brumadinho. A mineradora informou que, até o momento, foram desembolsados R$ 2,25 bilhões em compensações por danos materiais e morais, individuais e coletivos.
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Os analistas do mercado previam um lucro líquido de R$ 10,9 bilhões e um lucro operacional de R$ 23 bilhões para a Vale no terceiro trimestre de 2019.
Além disso, no acumulado do ano, apesar do resultado positivo no trimestre, a Vale tem um prejuízo líquido de R$ 503 milhões. Um resultado gerado principalmente pelas provisões e despesas ligadas a ruptura da barragem de Brumadinho.
O rompimento da barragem da mina do Córrego do Feijão, ocorrido no dia 25 de janeiro, destruiu grande parte da cidade mineira de Brumadinho. Até o momento foram contabilizados 251 mortos por causa da tragédia. No total, em 2019 a vale gastou R$ 24,1 bilhões por causa da tragédia. O prejuízo líquido atribuído aos acionistas foi de R$ 264 milhões no ano. Os papéis da Vale registravam alta de 3,51%, cotados a R$ 48,39, por volta das 15h30 desta sexta-feira (25).
Ambev
Em contrapartida, a Ambev foi um dos destaques negativos do Resumo da Semana, em relação a resultados trimestrais. Próximo das 10h48 desta sexta, as ações ordinárias da Ambev estavam operando em baixa de 5,99%.
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A Ambev registrou lucro líquido de R$ 2,604 bilhões entre julho e setembro, uma queda de 9,7% em comparação ao mesmo período do ano passado. A companhia informa que isso se deve ao fato das vendas no Brasil terem diminuído e os custos e despesas gerais, entre julho e setembro, terem aumentado.
Mesmo menor do que o do ano passado, o resultado ficou perto do que era esperado por especialistas. A receita líquida da Ambev no trimestre teve alta de 8,1% na comparação anual, para R$ 11,96 bilhões, enquanto os volumes cresceram 0,8% na mesma base comparativa, para 37,8 milhões de hectolitros. Dessa forma, a receita por hectolitro aumentou em 7,2%.
Os investidores ainda aguardam resultados de grandes empresas nas próximas semanas. Fique ligado no Resumo da Semana da Suno Notícias para ficar por dentro de todas as informações mais relevantes dos últimos dias.