A temporada de resultados do 4T21 (quarto trimestre de 2021) esquenta nesta semana com balanços aguardados pelo mercado. A divulgação inclui os resultados consolidados do desempenho financeiro das companhias no ano passado,
A agenda de resultados do 4T21 terá a divulgação de empresas como Banco do Brasil (BBAS3), Itaúsa (ITSA4), Raízen (RAIZ4), Cosan (CSAN3), BTG Pactual (BPAC11), Weg (WEGE3) e Taesa (TAEE11).
Veja a agenda completa:
Segunda (14)
Banco do Brasil, após o fechamento da B3
Itaúsa (ITSA4), após o fechamento
Raízen (RAIZ4), após o fechamento
São Martinho (SMTO3), após o fechamento
Terça (15)
Banrisul (BRSR6), após o fechamento da B3
Caixa Seguridade (CXSE3), após o fechamento
Carrefour (CRFB3), após o fechamento
PetroRio (PRIO3), após o fechamento
Quarta (16)
BTG Pactual (BPAC11), antes da abertura do pregão
Weg (WEGE3), antes da abertura do pregão
EDP Brasil (ENBR3), após o fechamento
Quinta (17)
Aeris (AERI3), após o fechamento
Neoenergia (NEOE3), após o fechamento
Rumo (RAIL3), após o fechamento
Sexta (18)
Cosan (CSAN3), após o fechamento
Taesa (TAEE11), após o fechamento
O que esperar da temporada de balanços?
De acordo com relatório da XP Investimentos, o período de outubro a dezembro deve marcar uma queda no lucro por ação das empresas listadas em Bolsa.
Isso porque, em relação ao mesmo período de 2020, os resultados do 4T21 foram registrados em meio a uma piora do cenário macroeconômico do País e à queda no preço das commodities, enquanto em outubro, novembro e dezembro de 2020 o Brasil passava por um início de recuperação da pandemia.
Mas nem todos os números devem apresentar piora. Os analistas Fernando Ferreira, Jennie Li e Rebecca Nossig apontam os segundos números de consenso do mercado:
- queda do Lucro por Ação (LPA) das empresas do Ibovespa em -15,1%;
- crescimento de +18,6% no Lucro Operacional (Ebitda) das companhias;
- desaceleração das receitas em relação ao 3T21, mas com sólido crescimento de +26,3%.
Temporada de resultados do 4T21 em cenário macro turbulento
O relatório da XP divide o contexto do 4T21 em dois cenários: doméstico e internacional.
No cenário doméstico, o mercado lidava com “incertezas em torno da trajetória fiscal e da alteração do teto de gastos, pressões inflacionárias levando a taxas de juros mais altas, projeções de crescimento econômico para 2022 zeradas e tensões políticas crescentes”.
Já no contexto internacional, o Federal Reserve já falava sobre a necessidade de antecipar o aumento nas taxas de juros dos EUA, havia também preocupações com a nova variante Ômicron, crise energética global e a disrupção nas cadeias de produção.
“Como resultado, o índice Ibovespa corrigiu -5,5% durante o quarto trimestre de 2021 em reais. Em dólares, a queda foi mais acentuada em -7,3%”, escrevem analistas.
Setores de destaque nos resultados do 4T21
“Com a piora no cenário, mesmo com a alta nos preços de algumas commodities, como o minério de ferro e petróleo, as projeções de lucros para daqui a 12 meses, 2023 e 2024, começaram a estagnar e cair marginalmente”, diz relatório.
Ainda assim, o mercado espera um desempenho misto nesta temporada de resultados do 4T21, com destaque para alguns setores que podem surpreender.
Em relatório, os analistas da XP destacam sete deles:
1. Bancos: devem apresentar resultados sólidos, se beneficiando do aumento das taxas de juros;
2. Educação: com destaque para o setor de ensino superior, em vista da baixa admissão nos 2T e 4T de 2021;
3. Siderurgia: mesmo com a queda nas vendas domésticas e a contração de margens pelo aumento no custo com carvão, os preços ainda estão em patamar elevado, beneficiando os resultados;
4. Petróleo e Gás: se beneficia com o aumento no preço do barril de petróleo e a desvalorização do real;
5. Shoppings: com a vacinação em massa e a maior flexibilização das restrições, o desempenho operacional deve vir positivo;
6. Farmácias: demanda por medicamentos e testes de Covid, devido a disseminação da Ômicron e do influenza, devem beneficiar os resultados;
7. Varejistas de alta renda: o 4T é sazonalmente um trimestre forte para o setor pelas compras de final de ano.