O fundo imobiliário MXRF11 reportou um resultado de R$ 23,79 milhões em outubro, com alta de 5,96% em relação ao mês de setembro, quando registrou R$ 22,45 milhões, conforme divulgado em relatório gerencial nesta quinta-feira (24).
Os dividendos do MXRF11 referentes ao mês de outubro se mantiveram estáveis na comparação com o mês anterior, no valor de R$ 22,6 milhões, equivalente a R$ 0,10 por cota.
No ano de 2022, o FII acumula o pagamento de R$ 1,03 por cota, número 32% maior que o rendimento pago em 2021, de R$ 0,78 por cota, considerando os 11 primeiros meses de cada ano.
Nos últimos 12 meses, o fundo MXRF11 distribuiu R$ 1,20 por cota, perfazendo um dividend yield de 11,96%. Em outubro, o Maxi Renda distribuiu 95% do seu resultado mensal em proventos.
Quanto à composição dos rendimentos do MXRF11, as operações de permutas financeiras distribuíram no mês R$ 440 mil de dividendos.
MXRF11 ainda tem reserva de R$ 26 milhões
Com os meses de inflação alta, o Maxi Renda conseguiu manter uma reserva acumulada de correção monetária da ordem de R$ 26,24 milhões, equivalente a R$ 0,116 por cota.
Essa reserva de caixa, segundo a gestão, deixa o fundo em posição relativamente confortável para atravessar esse período de deflação sem impacto significativo sobre as distribuições, embora o IPCA de outubro já tenha sido positivo, quebrando a sequência de três meses de deflação.
As receitas do fundo totalizaram R$ 25,59 milhões, enquanto as despesas foram de quase R$ 1,8 milhão.
A gestão destacou o elevado crescimento de cotistas na base do fundo, com mais de 710 mil cotistas, o que representa uma alta de 4% em relação ao mês anterior.
Com isso, o MXRF11 se mantém como o maior da indústria de FIIs no Brasil, segundo dados da B3.
Investimentos do MXRF11
No book de CRIs, o FII MXRF11 segue com a estratégia de reciclagem de portfólio, com destaque para as alienações dos CRIs Arena MRV e Vitacon – Sênior.
Além disso, o fundo realizou novos investimentos nos CRIs Grupo Mateus II, Império Móveis III, Vitacon – Sênior III e Arquiplan I, no valor total de R$ 88,20 milhões.
Ainda no book de CRIs, o CRI Clariant teve decretado seu resgate antecipado facultativo, gerando prêmio de pré-pagamento ao fundo.
Os books de FIIs e de permutas financeiras não tiveram movimentações significativas dentro do mês.
O fundo imobiliário MXRF11 visa a alocação de 80% do seu patrimônio líquido em CRIs com bons nomes de crédito, com carregos atraentes e alto potencial de ganho de capital recorrente com o giro no mercado secundário.
Além disso, o foco é ter uma alocação de até 20% do seu patrimônio líquido em permutas financeiras, desde que possuam boa rentabilidade, com retornos da ordem de INCC + 13% ao ano.
A gestão do MXRF11 reforçou a possibilidade de que o retorno das permutas atuais sejam reinvestidas em novos CRIs, já que tem sido visto viabilidades mais desafiadoras diante do crescimento dos custos de insumos e terrenos, somado ao cenário macro mais desafiador, gerando maior dificuldade no repasse de custos.
“Com o nível atual de juros e inflação da economia brasileira, aliado aos cenários de maior volatilidade local e global, a gestão entende que portfólios de mais baixo risco estão melhor posicionados para atravessar o cenário atual e com retorno ao investidor ainda bastante interessante”, aponta a gestão em relatório.
Cotação do MXRF11
As cotas do MXRF11 encerraram a sessão desta quarta-feira (23) em queda de 0,60%, a R$ 10,02. Nesta quinta, por volta das 15h30, o FII operava em alta de 0,20%, após a divulgação de seus resultados.