Banco do Brasil (BBAS3): lucro no 3T21 sobe 47,6%, para R$ 5,14 bi, acima das estimativas
O Banco do Brasil (BBAS3) apurou lucro líquido ajustado de R$ 5,1 bilhões no terceiro trimestre de 2021, aumento de 47,6% frente ao mesmo período de 2020.
O resultado do Banco do Brasil decorreu das menores despesas com provisões de crédito e das maiores receitas, com crescimento da margem financeira bruta e das rendas com prestação de serviços, explicou a companhia. O lucro contábil totalizou R$ 4,6 bilhões, com alta anualizada de 49,4%.
O resultado ficou 9,07% acima das estimativas de cinco casas (BTG Pactual, Bank of American, Bradesco BBI, Citi e Safra) consultadas pelo Prévias Broadcast. No acumulado dos nove meses de 2021, o lucro líquido ajustado do Banco do Brasil somou R$ 15,1 bilhões, expansão de 48% ante o mesmo período do ano passado.
O Retorno sobre Patrimônio Líquido Anualizado (ROE) encerrou o período em 14,3%. O Índice de Basileia atingiu 19,34%, sendo 13,17% de capital principal.
A margem financeira somou R$ 15,7 bilhões de julho e setembro, um crescimento de 11,9% na comparação anual. O desempenho foi reflexo do aumento de 14,8% das receitas financeiras, sendo as com operações crédito favorecidas pelo crescimento da carteira classificada e o resultado de tesouraria principalmente pelo crescimento das receitas de juros de títulos e valores mobiliários.
As receitas de prestação de serviços registraram crescimento de 2,2% em relação a 2020, chegando a R$ 7,4 bilhões no trimestre. O resultado do Banco do Brasil no terceiro trimestre de 2021 foi influenciado pelo desempenho positivo anual nas linhas de Seguros, Previdência e Capitalização (+6%), de Consórcios (+11,7%) e de Administração de Fundos (+9,9%).
As despesas administrativas ficaram R$ 7,9 bilhões no período, acréscimo de 0,7% em comparação com o trimestre anterior, em razão principalmente do aumento das despesas de pessoal, devido ao reajuste salarial de 10,97% a partir de setembro concedido aos bancários.
Em mensagem no balanço, o presidente do BB, Fausto Ribeiro, destacou que o lucro em nove meses do banco foi recorde na história da instituição. “O crescimento da margem financeira e o aumento das receitas com prestação de serviços explicam o resultado de R$ 5,1 bilhões no terceiro trimestre, junto com a diminuição das despesas com provisões de crédito e o controle das despesas administrativas”, disse.
Ribeiro destacou que a carteira de crédito cresceu 11,4% em doze meses, para R$ 814 bilhões. A inadimplência caiu em todas as linhas. A taxa total, considerando atrasos acima de 90 dias, ficou em 1,82% em setembro, abaixo da média dos bancos privados, que está acima dos 2%.
Carteira de crédito do BB cresce 6,2% no 3T21
A carteira de crédito ampliada da estatal alcançou R$ 814,2 bilhões em setembro, uma evolução de 6,2% na comparação com junho e 11,4% comparado ao mesmo período do ano anterior. A carteira apresentou crescimento em todos os segmentos, com destaque para as operações com o Agronegócio (18,5%); Micro Pequenas e Médias Empresas — MPME (24,6%); e Pessoas Físicas (14,2%).
A carteira Pessoa Física ampliada apresentou expansão de 5,7% em relação a junho e 14,2% frente a setembro de 2020, com destaque para a performance positiva nas linhas de Crédito Consignado (+16,4%), alcançando
R$ 104,6 bilhões, Empréstimo Pessoal (+40,1%) e Cartão de Crédito (+41,3%) na comparação anual.
Na Pessoa Jurídica, houve crescimento de 4,3%. A companhia ressaltou resultado da carteira MPME (+10,0%), influenciada pelos desembolsos de R$ 8,1 bilhões nas linhas do Pronampe. A carteira de grandes empresas foi impactada por liquidações e o direcionamento para alternativas no mercado de capitais, com crescimento nas operações com empresas com faturamento entre R$ 200 milhões e R$800 milhões, contribuindo positivamente para o mix da carteira.
Segundo o balanço do Banco do Brasil, o índice de inadimplência superior a 90 dias mostrou redução frente a junho, atingindo 1,82% em setembro, permanecendo inferior à média de mercado.
Banco do Brasil revisa guidance para 2021
Após a divulgação dos resultados trimestrais, o BB passou a prever um lucro líquido ajustado em 2021 de R$ 19 bilhões a R$ 21 bilhões, ante R$ 17 bilhões a R$ 20 bilhões anteriormente.
A projeção para a margem financeira saiu de R$ 1% a 4% para de 4% a 6%. A expectativa para a carteira de crédito subiu de 8% a 12% para de 14% a 16%.
O guidance do Banco do Brasil para receitas de prestações de serviços, despesas administrativas e PCLD Ampliada foram mantidas.
Cotação de BBAS3
No fechamento, a ação do Banco do Brasil (BBAs3) subiu 0,65%, para R$ 29,48. O Ibovespa, índice de referência da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), registrou baixa de 0,04%, cotado a 104.781,13 pontos.
Com Estadão Conteúdo