Integrante do conselho do Banco Central Europeu (BCE), Jens Weidmann, declarou nesta quinta-feira (5) que as medidas adotadas por países europeus para conter a segunda onda da pandemia do coronavírus (Covid-19) influenciarão na economia deste trimestre, entretanto, esse impacto agora deve ser “menos severo” do que no início da crise, já que as medidas para conter o problema são mais direcionadas e as empresas ganharam experiência em lidar com o contexto, explicou.
Segundo o integrante do conselho do BCE, a retomada econômica na zona do euro diante da pandemia foi “significativamente mais forte do que o esperado”, porém, pode levar tempo para que o novo coronavírus seja contido “de uma maneira sustentável”, revelou.
“Do ponto de vista de hoje uma sucessão de lockdowns e novas ondas subsequentes não podem ser descartadas”, alertou Weidmann.
Também presidente do Banco Central da Alemanha (Bundesbank), Weidmann ressaltou a importância de se controlar a crise de saúde para mitigar os efeitos na economia. Além disso, destacou a importância dos gastos fiscais, a fim de apoiar o quadro.
O dirigente citou o aumento do gasto fiscal na zona do euro, com avanços também dos déficits e das dívidas dos países, recomendando que os formuladores de políticas tenham em vista os desafios de curto prazo, mas sem perder do radar aqueles de mais longo prazo, como o endividamento e seu peso sobre gerações futuras.
Política monetária dará mais apoio ante segunda onda da covid-19, diz BCE
Integrante do conselho do Banco Central Europeu, Isabel Schnabel, declarou na última quarta-feira (4) que a segunda onda de casos do coronavírus (Covid-19) prejudica a atividade econômica dos países da zona do euro, desta forma, “mais apoio da política monetária é necessário”, informou. A declaração foi feita durante evento virtual, a conferência “Europe and the Covid-19 Crisis – Looking back and looking forward”.
A integrante do conselho do BCE ressaltou ainda que será possível apoiar as condições financeiras e também a atividade econômica, “diante de uma deterioração da perspectiva de crescimento”.
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Segundo Schnabel, nas próximas semanas o conselho do Banco Central Europeu avaliará como poderá apoiar melhor a economia ao longo do próximo ano e para além disso, baseando-se na perspectiva para a inflação no médio prazo.
Além disso, a dirigente do BCE revelou que as condições têm mudado, entretanto, deve haver uma resposta proporcional aos riscos enfrentados, dando “apoio vital à economia” e para que a inflação caminhe rumo à meta do banco, informou.
Com informações do Estadão Conteúdo
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