A Petrobras (PETR4) divulgou nota na tarde desta segunda (1º) dizendo não antecipa decisões sobre reajuste de combustíveis.
A nota da companhia foi uma resposta a declarações do presidente Jair Bolsonaro. Em visita à cidade de Anguillara Veneta, na Itália, o presidente disse que soube “extraoficialmente” que um novo aumento dos combustíveis está sendo planejado pela Petrobras para daqui a 20 dias.
Bolsonaro afirmou ainda que um novo reajuste não pode acontecer: “A gente não aguenta porque o preço dos combustíveis está atrelado à inflação. Alta de preço significa perda do poder aquisitivo. A população não está com salário preservado ao longo dos últimos anos. Os mais pobres sofrem.”.
“A Petrobras, em relação às notícias veiculadas na mídia a respeito de expectativa de novos reajustes nos preços de combustíveis, esclarece que ajustes de preços de produtos são realizados no curso normal de seus negócios e seguem as suas políticas comerciais vigentes”, disse a empresa em comunicado.
A estatal acrescentou que reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado,” ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais”.
A companhia ressaltou que monitora continuamente os mercados, o que compreende, entre outros procedimentos, a análise diária do comportamento de seus preços em relação às cotações internacionais.
“Petrobras é um problema”, diz Bolsonaro
Após a Petrobras perder R$ 23 bilhões em valor de mercado por temor do mercado de ingerência política do governo, o presidente Jair Bolsonaro afirmou no último sábado, durante a cúpula do G20, em Roma, que a estatal “é um problema”.
A declaração sobre a Petrobras foi feita em uma conversa informal com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que citou os recursos petrolíferos do Brasil.
“A Petrobras é um problema, mas estamos quebrando monopólios, com reação muito grande. Há pouco tempo, era uma empresa de um partido político. Mudamos isso”, disse Bolsonaro a Erdogan, por meio de um intérprete.
(Com Agência Brasil)