Reserva de ações para IPO da Raízen (RAIZ4) termina hoje
O período de reserva de ações para a aguardada oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) da Raízen (RAIZ4) termina nesta segunda-feira (2).
O período de reserva de ações da Raízen começou no dia 21 de julho, e assim os investidores interessados tiveram 13 dias corridos (9 úteis) para garantir seus papéis com antecedência.
O valor mínimo de pedido de investimento é de R$ 3 mil e o valor máximo, de R$ 1 milhão, para investidores de varejo.
A empresa de biocombustíveis busca emplacar uma oferta 100% primária de, inicialmente, 810.811.000 ações preferenciais e estipulou a faixa indicativa de preço entre R$ 7,40 e R$ 9,60.
A joint venture entre a Cosan (CSAN3) e a Shell (RDSA34) pode movimentar R$ 6,89 bilhões com sua abertura de capital, levando em consideração o valor médio da faixa indicativa e o total de ações da oferta base.
A precificação da oferta, porém, acontecerá só amanhã, 3 de agosto. Assim, as ações da Raízen serão listadas no Nível 2 da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) sob o código “RAIZ4“, na próxima quinta-feira, 5 de agosto.
A companhia pretende utilizar os recursos líquidos oriundos da oferta para:
- construção de novas plantas para expandir a produção de produtos Renováveis e capacidade de comercialização (80%);
- investimentos em eficiência e produtividade nos parques de Bioenergia (5%);
- investimentos em infraestrutura de armazenagem e logística para suportar o crescimento de volume comercializado de renováveis e açúcar (15%).
A operação será coordenada por BTG Pactual (BPAC11; Coordenador Líder), Citi (Agente Estabilizador), Bank of America, Credit Suisse, Bradesco BBI, J.P. Morgan, Santander Brasil (SANB11), XP, HSBC, Safra e Scotiabank.
Raio X da Raízen
A Raízen é uma joint venture entre a Cosan (CSAN3) e a Shell, constituída em junho de 2011. A companhia se considera líder mundial no mercado de biocombustíveis.
A empresa opera com um modelo de negócios integrado em todas as etapas da cadeia de valor, desde o plantio, colheita, processamento, armazenamento, logística, distribuição e comercialização de produtos e serviços até o consumidor final.
A companhia controla e opera 26 parques de bioenergia concentrados principalmente na região Sudeste, onde produz a própria biomassa a partir da cana-de-açúcar e gerencia “a maior operação agrícola do mundo com mais de 880 mil hectares de terras cultivadas”, até março de 2021.
No terceiro trimestre, a receita operacional liquida da Raízen totalizou R$ 114,6 bilhões. O lucro líquido do grupo atingiu R$ 1,5 bilhão no período, enquanto o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado alcançou R$ 6,6 bilhões.