Reserva de ações para IPO da Rede Mater Dei (MATD3) tem fim hoje
O período de reserva de ações para investidores de varejo participarem da oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) da Rede Mater Dei (MATD3) chega ao fim nesta terça-feira (13).
Se tudo correr dentro dos conformes, a companhia vai estrear na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) em 16 de abril. Lá, a Rede Mater Dei encontrará Rede D’Or (RDOR3), Hapvida (HAPV3) e NotreDame Intermédica (GNDI3), as quais tem de fazer frente em âmbito nacional.
Para vencer essa corrida, o grupo hospitalar mineiro busca uma oferta pública de distribuição primária de, inicialmente, 68.171.121 novas ações ordinárias; e secundária de, inicialmente, 12.522.935 papéis a serem vendidos por acionistas do negócio.
A faixa indicativa de preço ficou entre R$ 21,80 e R$ 26,20. Tomando como base a mediana da faixa, de R$ 24,00, e o número de ações da oferta base, de 80.694.056 ativos, o IPO da Rede Mater Dei pode movimentar R$ 1,937 bilhão.
Os recursos da oferta primária serão destinados para: investir na expansão inorgânica, por meio de aquisições nos segmentos de serviços de saúde em praças estratégicas no Brasil, bem como startups e healthtechs que possam agregar valor à operação da companhia; e para custear a construção de novos hospitais em novos projetos (greenfield), envolvendo desde a prospecção e compra do terreno até a construção do edifício e compra de equipamentos.
Sumário e números da Rede Mater Dei
A Rede Mater Dei se coloca como um ecossistema integrado na prestação de serviços hospitalares e oncológicos.
A empresa detém a maior rede hospitalar de Minas Gerais em número de leitos privados, com 18,0% do total de leitos privados na região metropolitana de Belo Horizonte, de acordo com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).
Até 2020, a companhia possuía 1.081 leitos hospitalares distribuídos em suas três unidades, dos quais 541 são leitos operacionais, 540 leitos já construídos porém não operacionais.
No acumulado do ano passado, a Rede Mater Dei apurou um lucro líquido de R$ 72,643 milhões, ante R$ 138,104 milhões em 2019. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu de R$ 257,846 milhões para R$ 155,298 milhões na mesma base de comparação. A receita líquida de serviços hospitalares passou de R$ 732,639 milhões para R$ 717,861 milhões.