O período de reserva de ações para investidores não institucionais entrarem na oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) da Rede Mater Dei (MATD3) tem início nesta segunda-feira (29).
A companhia é mais uma empresa de saúde que busca acelerar o crescimento buscando capital na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). Além da Mater Dei, são mais seis empresas do setor na fila para um IPO.
Nessa disputa, a rede hospitalar pretende lançar uma oferta pública de distribuição primária de, inicialmente, 68.171.121 novas ações ordinárias; e secundária de, inicialmente, 12.522.935 papéis a serem vendidos por acionistas do negócio.
De acordo com o prospecto preliminar, a companhia definiu a faixa indicativa de preço de seu IPO entre R$ 21,80 e R$ 26,20. Considerando a venda de 80.694.056 ações da oferta base e o meio da faixa de preço, de R$ 24,00, a operação pode movimentar R$ 1,937 bilhão.
Segundo a Mater Dei, os recursos líquidos provenientes da oferta primária serão destinados para:
- investir na expansão inorgânica, por meio de aquisições nos segmentos de serviços de saúde em praças estratégicas no Brasil, bem como startups e healthtechs que possam agregar valor à operação da companhia;
- e para custear a construção de novos hospitais em novos projetos (greenfield), envolvendo desde a prospecção e compra do terreno até a construção do edifício e compra de equipamentos.
O IPO da Mater Dei será coordenado pelo BTG Pactual (BPAC11); Bradesco BBI, Itaú BBA, J.P. Morgan e Banco Safra.
Perfil e resultados da Mater Dei
Fundada e gerida há 40 anos por uma família de empreendedores, a Rede Mater Dei se define como um ecossistema integrado na prestação de serviços hospitalares e oncológicos.
A empresa detém a maior rede hospitalar de Minas Gerais em número de leitos privados, com 18,0% do total de leitos privados na região metropolitana de Belo Horizonte, de acordo com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).
Até 2020, a companhia possuía 1.081 leitos hospitalares distribuídos em suas três unidades, dos quais 541 são leitos operacionais, 540 leitos já construídos porém não operacionais.
Uma nova unidade hospitalar, com capacidade para 367 leitos hospitalares e um centro médico com mais de 10.000 metros quadrados de área, também está sendo construída. O início das operações está previsto para o primeiro semestre de 2022.
No acumulado do ano passado, a Mater Dei apurou um lucro líquido de R$ 72,643 milhões, ante R$ 138,104 milhões em 2019. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu de R$ 257,846 milhões para R$ 155,298 milhões na mesma base de comparação. A receita líquida de serviços hospitalares passou de R$ 732,639 milhões para R$ 717,861 milhões.
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