O período de reserva de ações para o pequeno investidor participar da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) do Hospital Care (HCAR3) começa nesta terça-feira (6).
A janela não é infinita, termina no próximo dia 20, então para aproveitá-la o investidor deve separar, no mínimo, um valor de R$ 3 mil. Já se quiser entrar de cabeça no IPO do Hospital Care, o montante máximo é de R$ 1 milhão.
De acordo com o prospecto preliminar, a companhia deve estrear Novo Mercado, segmento de alta governança corporativa da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), em 26 de abril.
Mas antes a empresa de saúde pretende realizar uma oferta de distribuição primária, quando os recursos são destinados ao caixa da companhia, de inicialmente 31.000.000 ações; e secundária, aquela na qual os acionistas vendem fatias de suas participações no negócio, de inicialmente de até 10.850.000.
O Hospital Care definiu a faixa indicativa de preço entre R$ 22,50 e R$ 28,50. Dessa forma, considerando a mediana da faixa, de R$ 25,50, e a oferta base de 31.000.000, a companhia pode levantar R$ 790,500 milhões.
Há também a possibilidade da venda do lote suplementar, de 4.650.000 ações, e adicional, de 6.200.000 papéis.
O grupo hospitalar pretende utilizar os recursos líquidos provenientes da oferta primária para:
- investimentos para expansão e desenvolvimento de unidades já existentes;
- aquisição de novos ativos;
- investimentos em sistemas, inovação e tecnologia;
- aquisição de cotas e/ou ações para aumento da participação societária em sociedades investidas.
A operação será coordenada pelo Itaú BBA (coordenador líder); BTG Pactual (BPAC11; agente estabilizador); Bank of America; XP; Safra e UBS BB.
Sumário e resultados do Hospital Care
Conforme o prospecto, a companhia disse gostar de se definir como um “ecossistema nacional de ecossistemas regionais”.
“O conceito da companhia passa por identificar cidades-alvo dentro das nossas regiões de atuação, adquirir um hospital privado de alta complexidade, com relevância regional e credenciado a diversas fontes pagadoras (nível ‘terciário’), e então construir de forma orgânica ou inorgânica uma rede completa no entorno desse hospital, incluindo ativos de baixa (nível ‘primário’) e média (nível ‘secundário’) complexidades”, explicou o Hospital Care.
Desse modo, a empresa possui um hospital de alta complexidade no centro do Hub, conectado com diversos ativos de complexidades, vocações, e localizações diferentes.
A estratégia do grupo hospitalar foca prioritariamente nas regiões:
- Sudeste (com exceção das grandes capitais);
- Centro-Oeste;
- Sul.
Em paralelo, a companhia busca atuar preferencialmente nos segmentos de classe social média e média alta das populações. “Acreditamos que essa combinação de geografia com segmentação ainda é relativamente pouco explorada pelos competidores, de forma que podemos focar na criação das competências necessárias para atuarmos nesses espaços.”
Hoje, a empresa de saúde possui cinco hubs operacionais, compondo uma rede com 11 hospitais, 1.206 leitos e 24 clínicas e centros médicos, além de duas operadoras de saúde com aproximadamente 101 mil vidas, que contam com mais de 210 médicos credenciados, 9 clínicas e laboratórios e 13 hospitais, atendendo 16 cidades.
Em 2020, a receita líquida do Hospital Care totalizou R$ 983,8 milhões, um crescimento de 27,1% em relação aos R$ 774,0 milhões no período encerrado em 2019. O lucro líquido de 2020 somou R$ 12,1 milhões, revertendo prejuízo líquido de R$ 24,2 milhões no mesmo período do ano anterior.
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