Reserva de ações para IPO da Raízen (RAIZ4) começa nesta quarta
O período de reserva de ações para a oferta pública inicial da Raízen (RAIZ4) — joint venture entre Cosan (CSAN3) e Shell (RDSA34) — começa nesta quarta-feira (21).
O valor mínimo de pedido de investimento é de R$ 3 mil e o valor máximo, de R$ 1 milhão para investidores de varejo. O período de reserva de ações da Raízen termina no dia 2 de agosto.
A empresa de biocombustíveis busca emplacar uma oferta 100% primária de, inicialmente, 810.811.000 ações preferenciais e estipulou a faixa indicativa de preço entre R$ 7,40 e R$ 9,60. A precificação ocorrerá em 3 de agosto.
Considerando o ponto médio da faixa, de R$ 8,50, e o número de ações da oferta base, o IPO da Raízen pode movimentar R$ 6,89 bilhões.
A companhia pretende utilizar os recursos líquidos para:
- construção de novas plantas para expandir a produção de produtos Renováveis e capacidade de comercialização (80%);
- investimentos em eficiência e produtividade nos parques de Bioenergia (5%);
- investimentos em infraestrutura de armazenagem e logística para suportar o crescimento de volume comercializado de renováveis e açúcar (15%).
As ações da Raízen serão listadas no Nível 2 da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) sob o código “RAIZ4“, em 5 de agosto.
A operação será coordenada por BTG Pactual (BPAC11; Coordenador Líder), Citi (Agente Estabilizador), Bank of America, Credit Suisse, Bradesco BBI, J.P. Morgan, Santander Brasil (SANB11), XP, HSBC, Safra e Scotiabank.
Sumário da Raízen
Constituída em junho de 2011 como uma joint venture entre a Cosan (50%) e a Shell (50%), incorporando ativos de ambos os acionistas, a Raízen disse ser líder mundial no mercado de biocombustíveis.
A empresa opera com um modelo de negócios integrado em todas as etapas da cadeia de valor, desde o plantio, colheita, processamento, armazenamento, logística, distribuição e comercialização de produtos e serviços até o consumidor final.
A companhia controla e opera 26 parques de bioenergia concentrados principalmente na região Sudeste, onde produz a própria biomassa a partir da cana-de-açúcar e gerencia “a maior operação agrícola do mundo com mais de 880 mil hectares de terras cultivadas”, até março de 2021.
A biomassa de cana-de-açúcar permite oferecer um portfólio o qual inclui:
- biocombustíveis (etanol de primeira e segunda geração);
- biogás;
- energia renovável de cogeração do bagaço da cana-de-açúcar;
- outros produtos, como pellets de biomassa.
A Raízen tem capacidade de moagem de 73 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e, em março, processava 62 milhões de toneladas, produzindo 2,5 bilhões de litros de etanol, gerando 2,0 TWh de eletricidade a partir do processo.
No terceiro mês do ano, a empresa apresentava um mix de 44% de etanol industrial e 56% de etanol combustível, sendo 25% para o mercado doméstico e 31% para exportação.
Também possui a segunda maior rede de distribuição de combustíveis do Brasil e a maior de etanol do País, com mais de 7.300 estações de serviços.
No terceiro trimestre, a receita operacional liquida da Raízen totalizou R$ 114,6 bilhões. O lucro líquido do grupo atingiu R$ 1,5 bilhão no período, enquanto o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado alcançou R$ 6,6 bilhões.