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Rentabilidade acima da Selic? Fundos mostram como é possível chegar lá

Onde investir

Onde investir. Foto: iStock.

Obter uma rentabilidade superior à Selic é uma meta fundamental para os fundos de investimento, pois mostra a capacidade de garantir a defesa do patrimônio dos clientes sem perda do poder de compra.

Para isso, as gestoras dos fundos precisam atuar ativamente na construção de carteiras eficazes, com ativos que ofereçam a melhor solução para o perfil do investidor dentro do dilema entre obter um rendimento menor, mas seguro, ou aceitar maior risco em nome de uma renda mais robusta?

É com foco nessa construção que as casas de análise de risco classificam as empresas, especialmente de grande porte, e também cada uma de suas emissões de dívida, que vão ser ativos fundamentais na construção dessas carteiras.

Empresas com melhor classificação de risco têm a vantagem de poder se alavancar a um menor custo, ou seja, emitir títulos como debêntures e certificados de recebíveis com remuneração mais baixa, e que mesmo assim têm grande aceitação no mercado porque são considerados seguros, ou seja, com certeza de recebimento. 

Essas empresas e títulos são as preferidas dos fundos “high grade”, ou “alto grau”, que priorizam uma rentabilidade nominal mais baixa, mas com risco mínimo de inadimplência.

Já os fundos “high yield” são aqueles voltados aos investidores com maior apetite pelo risco e dispostos a aceitar investimentos que, como compensação, oferecem maior rentabilidade.

Selic a 10,5% ao ano: fundos com rentabilidade superior

A Clave Capital tem fundos de crédito distintos, cuja diferença está justamente no foco de composição da carteira, entre títulos mais seguros e papéis com oferta de maior rentabilidade.

“Nossa vertical de crédito privado oferece uma grade competitiva de produtos com diferentes níveis de risco e especialização e busca combinar preservação de capital com consistência de resultados, por meio de uma abordagem especialista, flexível e disciplinada”, diz a gestora.

Nos últimos 12 meses, o risco tem valido um pouco mais a pena nos fundos da empresa. O Multi Credit Plus (High Yield), com foco em maximização da rentabilidade para investidores com maior disposição para risco, entregou nos últimos 12 meses um resultado de 15,08%, enquanto o Multi Credit (High Grade), direcionado a investimento empresas com classificação AAA, obteve um retorno de 14,01%.

A AZ Quest também traça estratégias similares para oferecer diferentes produtos a distintos perfis de investidores, e tem encontrado sucesso no mercado de ações mesmo num momento ruim para o Ibovespa, como nos meses entre abril e junho, mostrando que as opções de renda variável não devem ser ignoradas.

Com rentabilidade acumulada de 10,22% somente entre janeiro e junho deste ano, o AZ Quest Total Return FIC FIM é aberto a qualquer investidor e adota a estratégia long-short, com atuação ativa no mercado secundário em busca dos melhores resultados.

“O fundo busca entregar retorno descorrelacionado aos movimentos direcionais do mercado acionário, sendo capaz de gerar valor tanto em momentos de alta quanto na queda da bolsa”, explica a gestão. Com retorno de 2,07% em junho, o fundo teve o resultado puxado por empresas dos setores de Telecomunicações & TI, Logística e Varejo.

Investir em infraestrutura é opção

O investimento em empresas e projetos de infraestrutura apresenta uma vantagem interessante do ponto de vista da rentabilidade: a isenção de impostos para os cotistas dos fundos. 

A Fator Gestora de Recursos atua nesse segmento, com alocação de patrimônio em projetos de saneamento, mobilidade urbana e energia custeados por debêntures incentivadas, que são títulos de dívida emitidos por empresas para custear obras de infraestrutura que ganham isenção fiscal para aumentar a atratividade no mercado.

O Fator Debêntures Incentivadas entregou nos período de 12 meses até junho uma rentabilidade de 12,71%, num cenário que se mostra favorável diante da exposição a papeis remunerados pelo CDI, que oscila junto à Selic. “Esperamos que a Selic se mantenha nesse patamar até o fim do ano, até que o cenário se mostre seguro para novas reduções”, afirma Alexandre Pimentel, head de Multimercado da Fator.

A RB Capital Asset Management também atua no ramo de debêntures incentivadas, que cresceu em 2023 com a ampliação de setores contemplados pelo governo com o direito a emitir esses títulos.

O fundo RB Capital Vitória Debêntures Incentivadas entregou um rendimento de 0,88% em junho, considerado um mês turbulento para o mercado, diante da volatilidade causada pelas decisões sobre juros nos EUA e no Brasil. e acumula retorno de 17,54% nos últimos 12 meses.

Com patrimônio líquido de R$ 231,2 milhões, alocado em 80 diferentes ativos, o fundo tem 29% de seu valor investido em títulos com classificação AAA, e a geração de energia é o segmento principal, com 21,82% do PL.

Selic alta? Opção é olhar para fora

Já para quem está disposto a navegar em águas internacionais, uma opção são os ETFs,  os Exchange Traded Funds, que são fundos negociados na bolsa brasileira com desempenho atrelado a índices de bolsas estrangeiras. Muitos deles seguem o mercado norte-americano e, por isso, tem parte de sua rentabilidade atrelada também ao desempenho do dólar, que está em seus patamares mais elevados dos últimos anos.

A gestoras dos ETFs alocam o patrimônio dos fundos em cestas de ativos que podem ser formadas tanto por papeis de renda fixa, como títulos de dívida, como por ações e direitos sobre commodities negociadas no mercado internacional, como ouro, minério de ferro, petróleo ou mesmo alguns produtos do agronegócio, como a soja.

O ETF WRLD11, da Investo, aloca seus recursos com base no Vanguard Total World Stock: são ações de mais de 9.800 empresas ao redor do mundo, com estratégia de alocação global e diversificação geográfica, setorial e de moedas.

“Com um portfólio extremamente diversificado, este ETF constitui uma estratégia de alocação com menor volatilidade, altos retornos e ainda acompanha a variação cambial do dólar, fator essencial para a constituição de patrimônio no longo prazo”, explica Alessandra Gontijo, CCO e sócia da Investo. Nos últimos 12 meses, a rentabilidade acumulada do fundo superou 30%.

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