A Renova Energia (RNEW11), em recuperação judicial, vendeu o Complexo Hidrelétrico Serra da Prata (Espra) ao fundo gerido pela Vinci Partners no valor de R$ 265 milhões. O empreendimento reúne três pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) localizadas no extremo sul da Bahia com capacidade de geração de 41,8 megawatts (MW).
De acordo com o fato relevante da Renova, o leilão judicial do ativo ainda precisa ser realizado, mas o fundo da Vinci se tornou stalking horse, obtendo o direito de preferência na disputa pela Espra.
“O valor ofertado é maior que o previsto no plano de recuperação judicial, demonstrando a qualidade dos ativos gerenciados pela companhia e a diligência da administração em seus processos de alienação”, informou o documento.
Na análise da companhia, a transação está alinhada com a estratégia traçada pela empresa em seu plano de recuperação, o que permitirá que a Renova “continue o seu saudável soerguimento e a diminuição de seus passivos de forma substancial, especialmente para o pagamento dos credores extraconcursais”.
A Renova é uma empresa em recuperação judicial. Suas dívidas estão estimadas em R$ 3,1 bilhões, cerca de R$ 1,5 bilhão com bancos e em torno de R$ 1 bilhão com suas controladoras, como a estatal mineira Cemig (CMIG4) e o fundo CGI.
Renova Energia aumenta capital social e abate dívida com credores
No mês passado, a Renova Energia anunciou aumento de R$ 54,763 milhões do seu capital social, deliberado em reunião do Conselho de Administração realizada em 22 de junho.
Com isso, parte dos créditos da nova subscrição serão abatidos da dívida da Renova Energia com quatro credores. O valor do abatimento ficou em R$ 53,855 milhões.
“O procedimento de subscrição de ações emitidas no aumento de capital pelos credores foi realizado considerando as manifestações dos credores quanto ao aumento de capital e o valor atualizado dos créditos até a data base de 31 de julho de 2021 e as regras de arredondamento aplicáveis”, destacou a Renova em fato relevante.