Os ETFs (Exchange Traded Funds) têm se consolidado como uma das opções mais eficientes para investidores que buscam praticidade e diversificação em suas carteiras. Surgidos no Canadá nos anos 1990 e ganhando destaque no mercado americano na década seguinte, esses fundos de investimento negociados em bolsa oferecem acesso a uma cesta diversificada de ativos sem a necessidade de adquirir cada um deles individualmente.
Para Raquel Silveira, Head of Research da Investo, os ETFs são uma solução que combina alta liquidez com baixos custos de gestão. “O principal atrativo dos ETFs é que eles replicam a performance de índices de referência, como o Ibovespa ou o S&P 500, de forma passiva, o que reduz consideravelmente os custos”, explica.
Esses fundos podem ser compostos por diversos tipos de ativos, como ações, títulos de renda fixa, commodities e até criptomoedas. No Brasil, diz Silveira, os ETFs de renda fixa têm se mostrado uma alternativa eficiente para investidores que buscam exposição a títulos públicos ou privados, com a vantagem de uma gestão automática que elimina a preocupação com vencimentos e reinvestimentos.
Silveira ainda ressalta as vantagens tributárias dos ETFs, que não possuem a cobrança de come-cotas e não incidem IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), otimizando os retornos. “A simplicidade é um ponto forte. O ETF faz a gestão automática dos reinvestimentos e oferece uma alíquota de imposto de renda constante, aplicada apenas no resgate, o que é um diferencial em comparação com os títulos individuais”, afirma.
Por outro lado, ela alerta que a principal desvantagem dos ETFs de renda fixa está na impossibilidade de “travar” uma taxa de retorno específica até o vencimento. “A rentabilidade do ETF depende do comportamento da carteira e da marcação a mercado dos títulos, o que traz menos previsibilidade em relação aos títulos comprados individualmente.”
Esta semana temática tem o apoio da Suno e o patrocínio da Investo, a maior gestora independente de ETFs do Brasil. Acompanhe todos os conteúdos neste link.
Quais são os melhores ETFs de renda fixa?
Os ETFs de renda fixa têm ganhado espaço entre os investidores brasileiros que buscam praticidade e eficiência na gestão de seus portfólios. De acordo com Silveira, uma das vantagem desse modelo de investimento é serem negociados em bolsa, o que facilita a compra e venda das cotas de forma ágil e simples.
“Esses fundos reúnem diversos tipos de títulos, como os do Tesouro Nacional, que são considerados de baixo risco, o que os torna atraentes para investidores que buscam segurança”, explica Raquel. No entanto, ela ressalta que a escolha do ETF ideal depende dos objetivos de cada investidor e do tipo de título que deseja incluir na carteira.
Entre as opções disponíveis, os ETFs podem ser compostos por títulos prefixados, pós-fixados ou atrelados ao IPCA, índice que reflete a inflação no Brasil. Para quem busca proteção contra a alta dos preços, Raquel recomenda os ETFs com títulos IPCA+, que oferecem uma rentabilidade real acima da inflação.
Um ponto importante a ser considerado é a duration dos títulos — ou seja, o prazo médio dos papéis que compõem o fundo. Quanto mais longa a duration, maior tende a ser a volatilidade do ETF. “Investidores que preferem minimizar os riscos podem optar por ETFs de renda fixa com títulos de curta duration, como o NTNS11, que possui uma volatilidade controlada e um rendimento atrativo”, destaca Raquel.
O NTNS11, por exemplo, apresentou uma volatilidade de apenas 1,74% nos últimos 12 meses e um yield de IPCA+6,47%, o que o torna uma alternativa interessante para quem deseja equilibrar rentabilidade e risco.
Como escolher os melhores fundos de índice da bolsa?
De acordo com dados da B3, atualmente são 85 fundos de índice listados na bolsa. São índices para todos os gostos, com atuação nos mais diferentes segmentos.
Um dos mais conhecidos, o BOVA11, replica o Ibovespa. O fundo simplesmente investe nas 65 empresas do Ibov. Mas existem outros fundos que replicam diferentes índices, como por exemplo:
- HASH11 – Criptomoedas
- LFTS11 – Títulos públicos indexados à Selic
- IVVB11 – Ações do S&P500
- NTNS11 – Títulos públicos IPCA+ 0 a 4 anos
- SMAL11 – Ações de Small Caps
- USTK11 – Ações de empresas de tecnologia dos Estados Unidos
- WRLD11 – Ações das maiores empresas do mundo
Segundo os especialistas consultados pelo Suno Notícias, para analisar um ETF e escolher o melhor para seu perfil, é essencial compreender qual cesta de produtos ele carrega em seu portfólio.
Em agosto, por exemplo, alguns fundos de ETFs bateram o Ibovespa com folga. Os maiores destaques foram os fundos de ações de empresas brasileiras. O FIND11, da It Now, liderou com retorno de 13,20%, investindo em ações do setor bancário, baseado no índice IFNC. Em segundo lugar, o BDOM11 teve retorno de 9,20%. S
Em relação aos ETFs, segundo a gestora Investo, a estratégia do BDOM11 é investir em empresas que geram mais de 50% de sua receita no Brasil, aproveitando o potencial de crescimento econômico. Fora isso, um outro destaque da gestora é o NTNS11, que compõem títulos públicos de renda fixa IPCA+.