Renda fixa: 6 opções para investir hoje e se proteger da alta da inflação

As pressões inflacionárias estão no centro das discussões do mercado brasileiro neste ano. Na última segunda-feira (19), o Boletim Focus do Banco Central elevou pela quinta semana consecutiva as expectativas para o IPCA em 2024. Neste contexto, a renda fixa surge como uma alternativa para proteger o patrimônio e garantir retornos mais estáveis.

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Além disso, a taxa Selic permanece na casa dos dois dígitos, atualmente em 10,50% ao ano, conforme a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de mantê-la inalterada no final de julho. Com isso, os títulos de renda fixa atrelados à Selic ou ao IPCA podem ser uma alternativa para os investidores que buscam investimentos seguros e capazes de manter a proteção contra a perda do poder de compra.

Para quem busca minimizar riscos, especialmente em um momento de fortes oscilações do Ibovespa — que embora tenha renovado máximas históricas, enfrenta grande volatilidade — os ativos de renda fixa podem proporcionar mais previsibilidade. A seguir, confira seis opções de renda fixa que podem garantir bons retornos no contexto atual!

Melhores investimentos de renda fixa hoje

De acordo com Elaine Domênico, especialista em mercado de capitais e sócia da The Hill Capital, os ativos de renda fixa pós-fixados são os que oferecem os retornos mais elevados diante de um cenário de juros altos, mesmo em meio à inflação crescente.

Além disso, segundo a especialista, os papéis atrelados ao IPCA podem ser uma boa alternativa para quem busca manter o poder de compra.

“Títulos de renda fixa atrelados ao IPCA, como o Tesouro IPCA+, ajustam seus rendimentos de acordo com a inflação, proporcionando uma proteção contra a perda do poder de compra. Com as projeções do IPCA em alta, essa característica se torna ainda mais valiosa”, destaca ela.

1. Tesouro Selic (LFT)

O Tesouro Selic é um título público pós-fixado que acompanha a taxa Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira. De acordo com a sócia da The Hill Capital, essa pode ser uma boa opção para quem busca liquidez e segurança, além de servir, inclusive, para reserva de emergência ou para investidores que precisam de uma opção de baixo risco.

2. Tesouro IPCA+

Também conhecido como NTN-B, o Tesouro IPCA+ é atrelado à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o principal indicador de inflação no Brasil. Esses títulos garantem ao investidor a variação da inflação mais uma taxa prefixada e ajudam a manter o poder de compra. Com isso, podem ser uma alternativa para objetivos de longo prazo, como aposentadoria ou formação de patrimônio.

3. CDBs pós-fixados

“Certificados de Depósito Bancário que pagam um percentual do CDI, que acompanha de perto a Selic, são opções atrativas para investidores que buscam rentabilidade similar à dos títulos públicos“, explica a especialista. Segundo ela, ao buscar por CDBs pós-fixados, é fundamental analisar as características dos papéis oferecidos por diferentes instituições financeiras, visto que alguns bancos oferecem retornos mais atrativos.

4. LCIs e LCAs

Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio também são alternativas pós-fixadas que acompanham a Selic ou o CDI. Esses papéis oferecem ainda isenção de imposto de renda para pessoa física, o que os torna uma opção atrativa para investidores que buscam otimizar a rentabilidade líquida.

5. Fundos de Renda Fixa

Os fundos de renda fixa que investem em títulos públicos e privados de renda fixa pós-fixados são outra alternativa mencionada pela especialista. “Esses fundos permitem diversificação e gestão profissional, o que pode ser vantajoso para investidores que preferem uma abordagem mais prática”, explica ela.

6. Debêntures incentivadas

Outra opção com isenção de imposto de renda são as debêntures incentivadas. Esses papéis consistem em títulos de dívida emitidos por empresas, que também podem ser atrelados ao IPCA ou ao CDI. “Podem oferecer bons retornos, com o bônus adicional de contribuir para o financiamento de projetos de infraestrutura”, diz ela. 

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Tenho perfil arrojado. Devo investir em renda fixa?

Mesmo para investidores com perfil arrojado, a renda fixa pode ter papel estratégico na carteira.

“Investidores agressivos podem usar a renda fixa de forma tática, aproveitando oportunidades momentâneas de ganhos em ativos que se beneficiam diretamente das condições de mercado, como os títulos públicos indexados à inflação em períodos de alta do IPCA, ou CDBs de bancos médios que oferecem taxas atrativas devido ao risco de crédito“, explica a especialista.

Dentro deste contexto, investidores com perfis mais agressivos também podem se beneficiar de oportunidades táticas em ativos como:

  • Debêntures de infraestrutura: Oferecem retorno atrativo e isenção de IR.
  • CDBs de bancos médios: Com maiores riscos de crédito, porém com rentabilidade superior.
  • Títulos públicos de longo prazo: Protegem contra inflação e oferecem ganhos com a volatilidade das taxas de juros.

Dessa forma, a renda fixa oferece alternativas interessantes tanto para investidores conservadores quanto para aqueles que buscam diversificar seu portfólio e se proteger da inflação.

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Giovanna Oliveira

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