Com a taxa Selic em 10,50%, investir em renda fixa ainda está no radar dos investidores. Diversos fundos, tanto com foco em ativos de crédito privado quanto em títulos públicos, estão com ganhos acima do CDI e da inflação. Segundo dados do Status Invest, os fundos com maiores retornos possuem ganhos anuais entre 15,72% e 25,73%.
Em contrapartida, o rendimento acumulado do CDI nos últimos 12 meses é de 11,68%. Já o IPCA acumulado, no mesmo período, está em 4,23%.
Esses fundos de renda fixa investem em cardápios variados de títulos privados, com CRIs, CRAs, debêntures incentivadas e etc. Veja abaixo os “campeões” em retorno:
Fundo | Retorno 12m |
Toro Global FIM Crédito Privado | 25,46% |
Canvas Cadenza High Yield | 21% |
Special Situations III FIC FIM | 18,55% |
RK Credit OPP | 18,15% |
RB Cap Vitória FIC | 17,24% |
Absolute Hidra CDI FIC | 15,70% |
BV Crédito Ativo RF | 15,61% |
Puxando a fila dos maiores retornos, o Toro Global FIM Crédito Privado investe, em grande parte, em títulos públicos. O Canvas Cadenza High Yield também possui maior concentração em títulos públicos, além de CRIs, CRAs, debêntures e outros ativos de crédito privado. O Special Situations III FIC FIM tem uma carteira diversificada, com maior foco em FIDCs, assim como o RK Credit OPP.
Já o RB Cap Vitória FIC, gerido pela RB Capital, tem maior foco em debêntures incentivadas. Com retorno de 17,24% em 12 meses, o fundo possui uma carteira com mais de 70 debêntures.
O Absolute Hidra CDI FIC, além de diversos ativos de crédito privado, tem um foco especial em debêntures, assim como o BV Crédito Ativo RF.
Por que investir em renda fixa por meio dos fundos de debêntures?
As debêntures incentivadas são títulos de renda fixa emitidos por empresas do setor de infraestrutura. Elas captam recursos para financiar projetos prioritários, com isenção ou redução do Imposto de Renda sobre os rendimentos.
De acordo com a RB Capital, investir nesses fundos traz vantagens, como acesso a taxas de remuneração atrativas, diversificação de riscos e gestão profissional. Contudo, há riscos a serem considerados, como a possibilidade de default da emissora, liquidez reduzida no mercado secundário e concentração setorial.
Essas debêntures têm se mostrado uma alternativa promissora na renda fixa, especialmente em tempos de volatilidade, pois, com uma gestão ativa, é possível aproveitar oportunidades de investimento com maior segurança.