Renda Fixa bate recorde de captação em 2025; veja principais ativos
O mercado de renda fixa brasileiro registrou um desempenho histórico no primeiro trimestre de 2025, conforme revelou a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA). Durante os meses de janeiro a março, as ofertas totalizaram R$ 152,3 bilhões, atingindo o maior patamar já registrado para esse período desde que a série histórica começou, em 2012.

O grande destaque foram as debêntures incentivadas, que alcançaram um volume recorde de R$ 103,1 bilhões, evidenciando a crescente confiança dos investidores nesse tipo de instrumento financeiro.
As debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas e, no caso das incentivadas, possuem rendimentos isentos de imposto de renda, atraindo um número crescente de investidores em busca de rentabilidade e segurança.
Além de poder adquirir diretamente nesses ativos, é possível o investimento por meio dos fundos de debêntures ou dos FI-Infra, que são listados em bolsa.
Outros dois instrumentos financeiros também impulsionaram a elevação nas captações: os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), que somaram R$ 14,6 bilhões, e as Notas Comerciais, com um total de R$ 6,8 bilhões. Esses números contribuíram para que o montante total da renda fixa chegasse à expressiva marca de R$ 142,6 bilhões neste trimestre.
No cenário internacional, o apetite por renda fixa também se demonstrou aquecido, com ofertas que totalizaram 11,1 bilhões de dólares, reforçando o interesse global por investimentos no Brasil.
Fundos de crédito privado e de debêntures se beneficiam do sucesso da renda fixa
Os fundos de crédito privado alocam recursos em títulos de dívida emitidos por instituições financeiras, empresas e securitizadoras.
Muitos investem justamente em debêntures incentivadas, CRIs, CRAs e outros ativos. Esses papéis podem ser indexados ao CDI ou à inflação, com uma rentabilidade extra atrelada ao risco de crédito de cada operação.
Alguns fundos se destacam no quesito rentabilidade para seu investidor. “Como uma boa parte dos títulos é indexada ao CDI, e estamos vivendo um cenário de juros reais ex-post elevados, o retorno nominal dos títulos de crédito privado fica mais atrativo”, destaca a AZ Quest em relatório.
A gestora em questão também conta com mais de cinco fundos de crédito privado no portfólio, como é o caso do AZ Quest Supra FIC FIM, com retorno de 13,37%.
Outra opção é o Fator Debêntures Incentivadas, da Fator Asset. Suas alocações estão majoritariamente em debêntures, com retorno de 131,4% desde seu início.
Na bolsa de valores, os FI-Infra também são opções para investir com foco em renda mensal isenta de imposto de renda.
Na visão da Drys Capital, quando os títulos públicos estão com taxas elevadas como as atuais, acima de IPCA + 7%, o retorno das debêntures indexadas ao IPCA geralmente batem o CDI. O INFB11, gerido pela casa, apresenta taxa de IPCA + 9,48% a.a..