O ministro da Economia e Finanças da França, Bruno Le Maire, declarou que, embora o governo francês ainda não tenha fechado o acordo sobre o empréstimo de 5 bilhões de euros (cerca de R$ 29 bilhões) para a Renault, a concessão deve acontecer “em breve”. A informação foi divulgada nessa terça-feira (2) durante uma entrevista do ministro à uma rádio.
Além disso, na última quinta-feira (28) a Renault havia comunicado aos sindicatos com representação na companhia que pretende cortar cerca de 15 mil empregos no mundo todo. Só na França, cerca de 4600 empregos seriam afetados. Frente a isso, Le Maire indicou, nessa terça-feira, que espera que a companhia seja “exemplar”, se referindo as negociações com os sindicatos.
Contudo, o presidente da fabricante de veículos, Jean-Dominique Senard, declarou, no inicio da semana, que não pretende fechar a fábrica da companhia que fica em Maubeuge, comuna francesa no norte do país.
A medida sobre cortes de empregos é referente a um plano da companhia de economia de 2 bilhões de euros (cerca de R$ 12 bilhões) no período de três anos.
A medida também pode afetar a capacidade de produção global da empresa, que cairá para 3,3 milhões de veículos, ante a de 4 milhões atualmente.
Renault poderá fechar fábricas
De acordo com informações da agência “Reuters”, a Renault deveria comunicar o fechamento de algumas fábricas e o corte de empregos na última quinta-feira (28). A ideia da empresa é economizar cerca de US$ 2,2 bilhões com o corte de custos, segundo uma fonte consultada pela agência de notícias.
Essas medidas seriam tomadas por conta da crise gerada pela pandemia de coronavírus (Covid-19).
A Nissan, seguindo a mesma linha de corte de custos, deveria diminuir sua produção anual de veículos para 5,5 milhões. O número de automóveis produzidos por ano pela empresa era de aproximadamente 6,5 milhões.
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A Nissan e a Renault tinham como objetivo vender aproximadamente 14 milhões de automóveis até 2022. A meta, entretanto, mudou devido à pandemia de coronavírus e agora está em 10 milhões de veículos. Vale lembrar que a Renault possui 43,4% de participação na Nissan.